segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Joanne Harris - Valete de Copas e Dama de Espadas

"Henry Paul Chester é um artista vitoriano cujo passado esconde um segredo terrível que deixou marcas profundas nele próprio e na sua arte. A sua obsessão em pintar raparigas jovens e "inocentes" vai conduzi-lo a Effie, uma menina de nove anos, que passa a usar como modelo. Dez anos depois, Chester e Effie casam, e é precisamente neste momento que a relação entre ambos azeda. Effie procura, então, consolo junto de um rival de Chester, o inescrupuloso Moses Zachary Harper. Mas não vai ser ele a confortá-la e sim Fanny Miller, a dona de um bordel, que revê na doce Effie a filha assassinada dez anos antes. Juntas tentam desvelar o sombrio passado de Chester e esboçar um sinistro plano para o desmascarar. Mas o uso da magia acarreta sempre o perigo do oculto… Os vitorianos são famosos por terem construído o conceito de infância tal como a encaramos presentemente. Bem ao seu jeito provocador, Joanne Harris descreve -nos a forma como alguns desses mesmos vitorianos perverteram a sua própria criação."

domingo, 8 de agosto de 2010

Emma Wildes - Lições de Sedução

"Uma verdadeira senhora não deveria aceitar lições de uma cortesã - ou deveria? A recente esposa do duque de Rolthven, Brianna Northfield, é distinta, recatada e educada - tudo o que uma jovem noiva deve ser. E que diria a sociedade se a visse com um exemplar de Os Conselhos de Lady Rothburg - um livro de lições de uma cortesã sobre comportamentos de boudoir? O muito respeitável duque, seu marido, não aprovaria, mas encontra-se demasiado ocupado com as suas obrigações ducais para prestar muita atenção à sua jovem esposa. Embora, se Brianna conseguir o que quer, isso esteja prestes a mudar… 
Quando a sua jovem, bonita e inocente esposa se torna, de súbito, entendida na arte do amor, Colton Northfield é apanhado de surpresa. Se antes a deixava por conta própria agora quer a sua companhia na ópera, na carruagem, e até durante o chá na sua propriedade da província, mas não pode deixar de ficar alarmado com os poderes sedutores. Onde terá ela aprendido tais expedientes? No entanto, a campanha escandalosa de Brianna está a desenvolver-se de formas que ela nunca poderia ter imaginado… Seguir os conselhos de uma cortesã pode ter graves consequências, mas valerá a pena se conseguir o seu desejo mais secreto: conquistar o amor do marido."

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Valerio Evangelisti - O Corpo e o Sangue do Inquisidor

"Nicolas Eymerich, impiedoso defensor da fé cristã, gravou a sangue e fogo o seu nome na história dos nossos tempos. Autor do célebre Manual do Inquisidor, do século XIV, esta personagem verídica será durante mais de cinquenta anos o inquisidor mais poderoso e implacável do reino de Aragão.  

Com um rigoroso fundo histórico, as investigações de Nicolas Eymerich trazem até nós um detective do misterioso, a meio caminho entre Sherlock Holmes e Guillaume de Baskerville (de O Nome da Rosa), capaz de desmontar os enredos mais maquiavélicos e de arrasar todas as heresias."

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Sedução

"Dão por nomes como Uma Aposta Perversa, A Cama da Paixão, O Príncipe Corvo, Casamento de Conveniência, Lições de Sedução. Passam ao lado das criticas literárias mas vendem como pãezinhos quentes - as editoras que o digam, que não se cansam de fazer novas edições destes best-sellers mistura de romance de cordel com ficção histórica, de conto de fadas com realismo dramático, de Jane Austen com Michael Crichton.
O "argumento" não difere muito: situando-se algures em Inglaterra do século XIX e a trama gira em volta de um lorde libertino e encantador; ou então com reputação de mau feitio e impossível de conquistar, e de uma mulher, nobre ou não, "encarregue" de fazer o belo aristocrata cair perdido de amor nos seus braços ingénuos e bem intencionados.
Mas o denominador comum mais curiosos nestes romances que rapidamente desaparecem dos escaparates está nos "manuais" de sedução utilizados pelos protagonistas para a conquista do outro - que nos lembram i que esquecemos na sociedade frenética em que vivemos, e que é sobretudo tempo para conhecer o outro, para explorar o outro, para o encantar, para o prender, para o saborear. É a arte praticada com mestria pelas grandes cortesãs que com estes livros procuramos avidamente perceber que não soçobrarmos nesta vida fast food em que a sedução só nos chega pela publicidade."

Sofia Barrocas - Notícias Magazine - 01 Agosto 2010

Faço minhas as palavras desta senhora. Não são grandes romances, daqueles que se lêem, se adoram e se voltam a ler vezes sem conta sem nunca perderem o brilho. Mas lêem-se bem e a mim fazem-me sonhar com o tempo em que a sedução era uma arte e as coisas não eram tão óbvias como são hoje em dia, em que a linguagem era cuidada e as palavras tinham um duplo sentido que nada tem a ver com a "linguagem traiçoeira" de hoje em dia. Dos livros citados, já li "A Cama da Paixão" e "Casamento de Conveniência" e confesso que gostei. As pessoas a quem os emprestei gostaram também...