domingo, 21 de julho de 2013

Kirsty Crawford- A Vida Secreta dos Maridos

Quando Ruth e Ned se conheceram, ambos sabiam ter encontrado alguém especial, que mudaria a sua vida. Após um fulminante amor à primeira vista, e porque há alturas da vida em que não necessitamos de muito tempo para nos apercebermos de que tomámos a decisão certa, rapidamente decidem passar o resto das suas vidas juntos. Mas há coisas que parecem boas de mais para serem verdade. Num fim-de-semana em que Ned se encontra fora em trabalho, Ruth decide fazer arrumações. Decide então fazer algo de que se viria a arrepender: ler os antigos diários de Ned. Subitamente, o idílio transforma-se em inferno. Sentindo-se um fantoche no intrincado jogo de manipulações e intrigas do grupo de amigos de Ned, Ruth tem ainda de aprender a lidar com a sua sogra, que parece viver num mundo à parte. Conseguirá o amor superar todos os obstáculos?




Primeiro custou a começar. Estava em cima da mesa de cabeceira há uma eternidade.
Depois não estava a ir nada de encontro ao que eu estava à espera.
E de repente... ate começo a apreciar.
No fim, só consegui parar de ler quando cheguei ao último ponto final.

A personagem principal, Ruth, apesar de me parecer um bocado simpática de mais para todos os que fazem parte do seu noivo/marido e demasiado crente, a verdade é que, provavelmente, é o que todos nós tentamos fazer quando entramos no mundo de alguém: queremos ser aceites e queremos que gostem de nós.

A história tem um bom ritmo, as personagens principais são descritas de acordo com as opiniões de Ruth e, apesar de não ser uma novidade, o enredo é interessante.

Uma boa leitura para dias de ócio.

Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS

(Lido em Julho de 2013) ***

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Rossella Calabrò - As Cinquenta Baboseiras de Toni

"O senhor Grey é lindo, rico, sensível, misterioso e sexy. E é o protagonista do fenómeno literário do ano: a trilogia As Cinquenta Sombras de Grey. Há só um problemazinho, este senhor Grey não existe.
E o Toni? O Toni claro que existe. Onde o Grey conversa garbosamente com a amada, o Toni recita o alfabeto inteiro arrotando. Quando o senhor Grey assume o comando, o Toni pega no comando. Se o senhor Grey toca de forma magistral piano, o Toni fica escarrapachado no sofá. O Toni, em suma, é o nosso companheiro/marido/amante, com quem nos encontramos à frente no exacto momento em que paramos de sonhar acordadas com o fatal Grey literário. Menos fascinante, mas muito mais divertido e com pelo menos cinquenta razões narradas neste livro hilariante. O Toni esconde-se dentro de T-shirts decoradas a gordura (de carne assada), e em vez da leitura refinada, prefere o último número do jornal A Bola. Bem, há qualquer coisa que falta ao senhor Grey: ser amado por provocar um sorriso. Por isso, se depois de lermos de um só fôlego a trilogia de E. L. James, nos perguntarmos quem é o exemplar de homem que ressona alto ao nosso lado, este é o livro certo para descobrir. E o mais importante, para rir. Porque, afinal, o riso é a coisa mais erótica que existe."

Eu quis ler. Ofereceram-me o livro. Muito obrigada, a sério que sim. Mas....
Apesar de o ponto de vista da autora ser interessante ("minhas senhoras, lamento, mas o Sr. Grey é pura ficção"), e escrever de uma forma mordaz que me agradou, o conteúdo não tinha o humor que eu esperava.
Foi uma leitura breve, cumpriu a sua missão de entretimento, mas não recomendo, em especial aos fãs da trilogia de E. L. James.

Com desejos de melhores leituras, até ao próximo livro.
AS

(Lido em Julho de 2013) - **

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Classificações

Após um comentário (que pediu para não ser publicado), considero que é uma boa altura esclarecer as classificações que dou aos livros que vou lendo.

Em primeiro lugar, não me considero nenhuma perita, pelo que a opinião que exprimo é apenas a de alguém que retira prazer na leitura.

Em segundo, a classificação também reflecte a realização das expectativas. Quando começo a ler um livro - principalmente de um autor que já conheço - tenho uma ideia de como será a narrativa. A maioria cumpre, alguns excedem e outros ainda falham. Só porque eu dei ** não significa que o livro seja mau. Significa que eu não gostei e/ou fiquei defraudada nas minhas expectativas.

Em terceiro, eu sei que as minhas "críticas" são pequenas e não muito interessantes. Só porque gosto de ler não significa que tenha jeito para me exprimir. Mas por outro lado, fui avisando isto logo desde o principio.

Com desejos de boas leituras,
AS

Emma Wildes - Pecados Escondidos

"Alguns segredos só podem ser partilhados atrás de portas fechadas.

Não foi a arte do engano que desconcertou Michael Hepburn, mas sim a inocência. A sua recém-esposa era confiante, bonita e, para seu espanto, absolutamente fascinante.
Julianne Sutton sempre soubera que casaria com o marquês de Longhaven, como fora acordado anos antes pelas famílias. No entanto, assumira que o marido seria Harry, o afável herdeiro ducal, e não o enigmático irmão. Quando Harry morreu de forma inesperada e Michael lhe sucedeu como o novo marquês, não foram apenas os planos de casamento de Julianne que se alteraram.
Michael combatia o inimigo implacável num jogo de espionagem e engano, mas quando descobriu que a mulher tinha os seus próprios segredos, depressa descortinou que o amor se regia por um conjunto de regras completamente diferentes…"


A conclusão da trilogia, após "Um Homem Imoral" e "Um erro Inconfessável".
Já sabia o que esperar de Emma Wildes: um livro de leitura fácil, com uma pitada de erotismo, um homem aristocrático e de difícil compreensão, uma dama, em todos os sentidos, bonita e inteligente.

Não desiludiu - também não esperava muito - mas não foi livro que eu mais gostei da autora.

Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS

(Lido em Julho de 2013) ***

terça-feira, 2 de julho de 2013

Isabel Allende - Inés da Minha Alma

"Com o realismo mágico de A Casa dos Espíritos e a sensualidade de Filha da Fortuna e Retrato a Sépia, Isabel Allende apresenta-nos Inés Suarez, uma mulher cheia de força e paixão que conquistou o Chile no século XVI e promete, agora, conquistar o coração dos leitores de todo o mundo.
“Suponho que colocarão estátuas minhas nas praças, e existirão ruas e cidades com o meu nome, tal como de Pedro de Valdivia e outros conquistadores, mas centenas de esforçadas mulheres que fundaram as aldeias, enquanto os seus homens lutavam, serão esquecidas.”
Inés Suárez é uma jovem e humilde costureira oriunda da Extremadura que embarca em direcção ao Novo Mundo para procurar o marido, extraviado com os seus sonhos de glória do outro lado do Atlântico. Anseia também por viver uma vida de aventuras, vedada às mulheres na pacata sociedade do século XVI. 
Na América, Inés não encontra o marido, mas sim uma grande paixão: Pedro de Valdivia, mestre-de-campo de Francisco Pizarro, ao lado de quem Inés enfrenta os riscos e as incertezas da conquista e fundação do reino do Chile.
Neste romance épico, a força do amor concede uma trégua à rudeza, à violência e à crueldade de um momento histórico inesquecível. Através da mão de Isabel Allende, confirma-se que a realidade pode ser tão ou mais surpreendente que a melhor ficção, e igualmente cativante."


Uma narrativa na primeira pessoa, na voz de Inés Suarez, sobre a conquista do Chile e a vida dos espanhóis no Novo Mundo.

Através das cartas que escreve à sua filha relata as suas relações amorosas com os seus dois maridos e com o conquistador/Governador da Nova Estramadura, Pedro de Valvidia, e as relações dos espanhóis com os índios do Perú e do Chile. Toda a vida da sociedade é descrita, desde as batalhas entre espanhóis e índios (especialmente com os Mapuche, até aos hábitos da população local e da conquistadora.
As personagens estão excepcionalmente bem caracterizadas, a personagem feminina é forte, bem ao estilo de Isabel Allende, uma mulher do seu tempo mas ao mesmo tempo distinta das outras. O facto de ser uma personagem real só traz mais interesse.

Apesar do desconforto sentido pela narrativa das atrocidades cometidas (o livro fala das invasões espanholas, mas as portuguesas devem ter sido semelhantes), o livro é muito interessante, um dos melhores da autora, na minha opinião.

Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS

(Lido em Julho de 2013) *****