quarta-feira, 30 de julho de 2014

Luís Miguel Rocha - A Filha do Papa

"Será o antissemitismo a verdadeira razão para o Papa Pio XII não ter sido beatificado?

Quando Niklas, um jovem padre, é raptado, ninguém imagina que esse acontecimento é apenas o início de uma grande conspiração que tem como objetivo acabar com um dos segredos mais bem guardados do Vaticano - a filha do Papa Pio XII.

Rafael, um agente da Santa Sé fiel à sua Igreja e à sua fé, tem como missão descobrir quem se esconde por detrás de todos os crimes que se sucedem e evitar a todo o custo que algo aconteça à filha do Papa.

Conseguirá Rafael ser uma vez mais bem-sucedido? Ou desta vez a Igreja Católica não será poupada?  "


Quando comprei o livro, nada sabia do autor, nem dos livros escritos previamente. No entanto achei a sinopse interessante e é quanto me bastou.
Para quem tem dificuldade em expressar a sua opinião como é o meu caso, este livro torna a minha missão quase impossível, mas de qualquer forma não há nada como tentar.

"A Filha do Papa" é uma leitura absorvente, inteligente, cheio de questões que se nos vão colocando sobre quem é quem e quem fez o quê, com o autor a manter-nos permanentemente em suspense e sem conseguir largar a narrativa. Gosto muito da forma como as personagens, no inicio, parecem peças soltas de um puzzle e da forma lenta como se vão encaixando de forma a que só no fim se tenha a imagem toda. Apesar de ser utilizada diplomacia, muitos dos métodos do Vaticano são expostos de uma forma clara e extremamente engenhosa. Outro pormenor interessante é a difícil percepção dos "bons" e dos "maus", em que mudei muitas vezes de opinião sobre as personagens e como interagem umas com as outras.  O final é simplesmente.... fabuloso!

Já coloquei na minha lista de compras os restantes livros do autor, desta vez para ler pela ordem certa. Até
porque além do Rafael, o JC é uma personagem que eu quero mesmo conhecer!

Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS
(Lido em Julho de 2014)

sábado, 26 de julho de 2014

Deborah Smith - O Café do Amor

"Uma mulher bela marcada para a vida
Um homem amargurado em busca de redenção
Unidos pelo destino num lugar mágico

Cathryn Deen vivia num mundo de sonho: atriz famosa, idolatrada, era considerada a mulher mais bela do planeta. A fama era tudo na sua vida. Mas após sofrer um trágico acidente de automóvel, que a deixa marcada para sempre, decide ocultar-se de tudo e todos.
Escondida na casa da sua avó materna nas montanhas da Carolina do Norte, Cathryn tenta ultrapassar os seus traumas com a ajuda da sua grande prima Delta, uma mulher roliça e bem-disposta, dona do café local. Considerada por todos a alma daquele vale, Delta alimenta com os seus cozinhados e biscoitos deliciosos o corpo e o espírito dos mais carentes.
Um dos seus protegidos é Thomas Mitternich, um famoso arquiteto, fugido de Nova Iorque, após os atentados às Torres Gémeas lhe terem roubado o que de mais valioso tinha na vida: a mulher e o filho. Atormentado pela culpa, Thomas acredita que nada nem ninguém lhe poderá devolver a razão de viver e, entregue ao álcool e ao desespero, espera um dia ganhar coragem para se juntar àqueles que mais amava. O destino irá cruzar os caminhos de Cathryn e Thomas numa história magnífica de superação, ensinando-os a transformar as adversidades em oportunidades e a valorizar a beleza que existe em tudo o que os rodeia."

Um típico romance de verão, leve e cativante, com personagens marcadas pela tragédia que se encontram através de Delta, a dona de um café que "cura" através de bolachas. Já se sabe desde o principio qual seria o fim, a e apesar de ter gostado do livro, o humor frequente retira um pouco da credibilidade do drama das personagens.
É no entanto uma leitura agradável sobre começar de novo, refazer os sonhos, conhecer os (verdadeiros) amigos e aproveitar as oportunidades que a vida nos dá, mesmo quando vêm disfarçadas de desgraças.

Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS
(Lido em Julho de 2014)

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Kristine Barnett - Salvo pelas estrelas

"A jornada de Kristine e Jacob é ainda mais notável porque o autismo quase deitou a perder esta mente brilhante. Kristine foi informada, quando o filho foi diagnosticado aos dois anos de idade, que este poderia nunca vir a ser capaz de se calçar sozinho. Rodeado de «especialistas» que tentavam forçá-lo a concentrar-se nas suas competências e privá-lo dos seus interesses, que o distraíam dos exercícios que lhe eram impostos, Jacob não fez qualquer progresso, isolando-se cada vez mais, acabou por deixar de falar de todo. Mas Jacob gostava dos movimentos das sombras nas paredes, das estrelas, dos padrões dos sofás... Contrariando o marido e os pareceres dos especialistas, Kristine seguiu os seus instintos, retirou o filho da educação especial e iniciou, sozinha, uma nova educação. Decidiu seguir a «centelha» de Jacob, as suas paixões, e concentrar-se nas coisas que o filho era capaz de fazer ao invés de se concentrar nas que ele não conseguia. Acreditava no poder da infância e na importância de brincar e esta filosofia ajudou-a a ultrapassar obstáculos enormes. Trabalho árduo, determinação e uma fé inabalável nos amigos e família, permitiu aos Barnett superar, não só este desafio tremendo, como também as dificuldades financeiras por que passaram e os problemas de saúde graves de Kristine."

Gostei muito de ler este livro porque me transmitiu a sensação que tudo é possível quando há esperança e se luta a sério pelo que se quer. Segue uma notícia do JN:

Criança de 12 anos complementa teoria de Einstein
Publicado em 2011-03-30

Um estudante norte-americano de 12 anos pretende criar uma versão "mais elaborada" da Teoria da Relatividade, de Albert Einstein. Jacob Barnett tem QI de 170 pontos, mais 10 que os 160 do criador da fórmula E=mc2, e cativou a atenção de professores universitários dos Estados Unidos pela sua rara inteligência. Veja o vídeo.
Jacob Barnett teve uma infância diferente dos demais colegas de escola. O pré-adolescente de Indiana, EUA, que tem aulas de astrofísica regularmente desde os oito anos, sofre da síndrome de Asperger, uma variação do autismo, e sempre se interessou por cálculos complexos de álgebra e pelo desenvolvimento de novos modelos para o estudo de trigonometria e geometria variáveis. Questões difíceis até para adultos.
Kristine Barnett, mãe do menino, não sabia, no início, se as conversas do filho sobre física e matemática eram disparates ou se a criança se tratava de um génio. Na dúvida, a mãe gravou um vídeo e enviou para professores da prestigiada Universidade de Princeton, Nova Jérsia, que ficaram impressionados com a inteligência do miúdo.
Para a mãe de Jacob, Kristine, de 36 anos, e o resto da família, matemática e física sempre foram assuntos complicados.
"Eu chumbaria em matemática. Sei que isto não vem de mim", disse a mãe de Jacob ao "Indiana Star", sem perder a boa disposição.

Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS

(Lido em Julho de 2014)

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Julia Quinn - A Grande Revelação

"O coração de Penelope Featherington sofre por Colin Bridgerton há… não pode ser!?? ...mais de dez anos? Sim, essa é a triste verdade. Dez anos de uma vida enfadonha, animada apenas por devaneios apaixonados. Dez ingénuos anos em que julga conhecer Colin na perfeição. Mal ela sabe que ele é muito (mesmo muito) mais do que aparenta…
Cansado de ser visto como um mulherengo fútil, irritado por ver o seu nome surgir constantemente na coluna de mexericos de Lady Whistledown, Colin regressa a Londres após uma temporada no estrangeiro decidido a mudar as coisas. Mas a realidade (ou melhor, Penelope) vai surpreendê-lo… e de que maneira! Intimidado e atraído, Colin vai ter de perceber se ela é a sua maior ameaça ou o seu final feliz.
ps: este livro contém a chave do segredo mais bem guardado da sociedade londrina."


Este é o quarto volume da Série Bridgerton e, embora seja um livro independente no que diz respeito à relação Penelope-Colin, penso que os anteriores devem ser lidos pois (além de serem muito bons) fazem com que se perceba melhor a importância do "segredo mas bem guardado da sociedade londrina" e as histórias dos restantes personagens.
Apesar de estar presente em todo o enredo (e nos anteriores) não vou escrever sobre Lady Whistledown porque qualquer coisa que eu escreva vai ser um spoiler. Por isso, e por mais que eu tenha gostado da personagem, vou-me escrever apenas sobre o par principal da história.

Uma das características ligeiramente diferentes deste livro em relação a este género é que Colin e Penelope já se conhecem há muitos anos antes de se apaixonarem... pelo menos antes de ele se apaixonar, uma vez que ela já estava apaixonada há mais de 10 anos por ele.
Gostei da forma como Penelope foi "crescendo" ao longo dos romances, e como foi demonstrando o seu verdadeiro eu ao longo deste, agora que é considerada uma solteirona e sem pressões da mãe. Lady Danbury, uma condessa de idade avançada (que já fez setenta anos mas não nos diz quantos mais fez) ajuda-a no processo de afirmação e descoberta de uma forma muito direta e com um humor muito próprio. A velha senhora dá-nos uma ideia como Penelope será com tiver a idade dela.
A forma como Colin vai "descobrindo" Penelope e ver para além das aparências é encantadora e a declaração final... muito romântica. As personagens mostram os seus lados positivos e menos bons, ou seja, são perfeitamente humanos e não humanos perfeitos.
Gostei imenso do livro e fico ansiosa pelo próximo da Série Bridgerton.
Ah! Eu não posso deixar de mencionar dos concertos da família Smythe-Smith que já deram origem a uma série própria.
Único ponto negativo: A capa deveria estar mais bem conseguida na escolha da modelo, até porque Penélope tem olhos castanhos...

Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS
(Lido em Julho de 2014)

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Jill Mansell - Jogos Secretos

"Suzy Curtis é a miúda que tem tudo: emprego de sonho, Rolls Royce vermelho e uma arrebatadora estrela de rock como ex-marido. Mas há dias em que nem ela devia sair da cama: ao tentar desesperadamente fugir a uma multa por excesso de velocidade, conhece Harry e vê-se numa alhada que envolve uma amostra de esperma, um polícia e um copo de batido do McDonald’s. 
Harry não é propriamente um caso de amor à primeira vista, mas é um caso sério de atração sexual. O que não vem nada a calhar pois a mãe de Suzy acaba de falecer deixando-a a braços com um segredo de família que promete mudar toda a sua vida… "


aqui tinha falado da minha Lista de Leitura (LL) e só por isso este livro foi lido agora. Acho fácies de ler os livros desta autora, por isso geralmente reservo-os para os dias de praia, em que um olho está a ler e o outro a ver onde está a prole.
"Jogos secretos" não desilude quem está habituado a ler os livros de Jill Mansell. Os laços que vão ligando as personagens são bem tecidos, as situações normais mas sempre com a dose certa de humor e com infindáveis confusões e situações embaraçosas.

Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS
(Lido em Julho de 2014)