terça-feira, 27 de agosto de 2013

Sylvain Reynard - O Inferno de Gabriel

O enigmático e sedutor professor Gabriel Emerson é um reputado especialista na obra de Dante. Mas à noite dedica-se a uma vida de prazer sem limites, não hesitando em usar a sua beleza de cortar a respiração para manipular as mulheres a satisfazerem cada capricho seu.
Talvez por isso se sinta torturado pelo passado e consumido pela crença de que está para lá de qualquer salvação.
Quando a jovem Julia Mitchell se inscreve como sua aluna de pós-graduação, Gabriel não consegue ficar indiferente. Ela é linda, deliciosamente inocente, um diamante em bruto para ele polir. Sempre que Julia se apercebe do olhar de predador dele, espera sentir receio, mas o que verdadeiramente sente é uma estranha luxúria que a assusta. Desejando desesperadamente possuí-la, Gabriel põe em perigo não só a sua carreira, como ameaça desenterrar segredos de um passado que preferia manter oculto.
Uma história inebriante sobre amor proibido, luxúria e redenção, O Inferno de Gabriel retrata a jornada de um homem que procura escapar do seu próprio inferno pessoal enquanto tenta conquistar o impossível: perdão e amor.


Será que os escritores apanharam a febre de Dante? Claro que O Inferno de Gabriel não tem nada a ver com o Inferno de Dan Brown - são tipos de escrita diferentes com públicos alvos completamente díspares. No entanto, ambos utilizam o conhecimento dos protagonistas sobre a "Divina Comédia" como fio condutor. Neste livro em particular, o amor entre Dante e Beatriz é constantemente comparado por Gabriel e Julianne/Julia com o seu.
Sobre as personagens, Julia é boazinha de mais, principalmente quando comparada com Christa, que parece estar lá só para reforçar a bondade e a inocência de Julia. O segredo do Gabriel parece-me um pouco forçado, embora coerente com o seu passado, não sendo justificação para o seu comportamento pré-Julia.
Tirando estes pormenores é um livro que "agarra", com um fio condutor interessante e verosímil, oferecendo uma leitura muito aprazível.

Após a leitura de "Porque és minha" de Beth Kery, tinha decidido não ler mais livros do género. Mas a R. sugeriu-me vivamente a leitura d'O Inferno de Gabriel dizendo que poucos pontos de contacto tinha com o de Kery. Apesar dele ser rico, giro e atormentado, as semelhanças terminam aqui. Aliás, a Goodreads proclama que é "Uma história imensamente erótica mas muito bem escrita sobre um homem em busca de redenção.", mas eu não a considerei de todo erótica. A comparação entre este livro e o livro de E.L. James - que a própria editora faz - não tem razão de ser: são estilos totalmente diferentes, quer de escrita quer na história. Mesmo assim a ser feita alguma comparação, O Inferno de Gabriel sai a ganhar....  a não ser para prefere livros com frequentes menções a atos sexuais. :)

Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS


(Lido em Agosto de 2013)

Margaret Atwood - A História de Uma Serva

Uma visão marcante da nossa sociedade radicalmente transformada por uma revolução teocrática. A História de Uma Serva tornou-se um dos livros mais influentes e mais lidos do nosso tempo. 
Extremistas religiosos de direita derrubaram o governo norte-americano e queimaram a Constituição. A América é agora Gileade, um estado policial e fundamentalista onde as mulheres férteis, conhecidas como Servas, são obrigadas a conceber filhos para a elite estéril. 
Defred é uma Serva na República de Gileade e acaba de ser transferida para a casa do enigmático Comandante e da sua ciumenta mulher. Pode ir uma vez por dia aos mercados, cujas tabuletas agora são imagens, porque as mulheres estão proibidas de ler. Tem de rezar para que o Comandante a engravide, já que, numa época de grande decréscimo do número de nascimentos, o valor de Defred reside na sua fertilidade, e o fracasso significa o exílio nas Colónias, perigosamente poluídas. Defred lembra-se de um tempo em que vivia com o marido e a filha e tinha um emprego, antes de perder tudo, incluindo o nome. Essas memórias misturam-se agora com ideias perigosas de rebelião e amor.

Passado num futuro utópico, no país a que atualmente se dá o nome de Estados Unidos da América, uma Serva conta na primeira pessoa o dia-a-dia desde que foi colocada na casa de uma Esposa para que possa procriar em seu nome. A forma como recorda o passado e sente o presente vão sendo o fio condutor para percebermos a nova sociedade.
O final pareceu-me um pouco abrupto pois ficamos sem saber o que aconteceu com Defred... ou ao resto das personagens. Tudo o que ficam são conjeturas, feitas através da palestra que se encontra no capítulo final. Para mim, é o único ponto negativo.

Li o livro avidamente e confesso que me fez pensar nas liberdades que temos e que, ao consideramos como adquiridas, são menosprezadas.

Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS


(Lido em Agosto de 2013)

Beth Kery - Porque és minha

No instante em que Francesca e Ian se conhecem, a atração é mútua; uma carga requintadamente física incendeia ambos. Para Ian, ela é o tipo de mulher a que ele não resiste: inocente e pura. Para Francesca, ele é o tipo de homem que ela mais teme e deseja: sombrio, extremo, autoritário, e interdito. O que se passa entre eles não pode ser ignorado — apenas acatado, evoluindo para um inevitável vínculo.
De um jato particular para um interlúdio em Paris, de um ousado encontro num museu público para a intimidade de um hotel de luxo, Francesca e Ian estão um com o outro sempre que o desejo se torna premente. Mas à medida que a relação deles fica mais intensa, Francesca descobre algo a respeito de Ian — e dela própria — que altera para sempre o jogo e os jogadores. É algo com que eles nunca contaram, algo que lhes faz girar as vidas, delirantemente fora de controlo…

São inevitáveis as comparações com a trilogia de E.L. James. E apesar desta ter ficado famosa pelas preferências sadomasoquistas de Mr. Grey, pareceu-me que a história de Ian  e de Francesca tem muito mais descrições "picantes" (sendo eu uma leiga nestes assuntos de prazer pela dor, não sei se é mais real).

Uma pergunta que me perseguiu durante a trilogia e neste foi: "Se ninguém entra nos quartos privados, como é que estes são limpos?  Será que o Grey ou o Noble gostam de limpar o pó durante os tempos livres?"
A verdade é que começo a ficar farta de homens (ou melhor, de personagens masculinas) que são podres de bons, podres de ricos e completamente atormentados e paranóicos, que mudam todo o seu comportamento autoproclamado decadente só porque conhecem uma menina linda (mas que não sabe que o é), inexperiente e sensível e que logo à partida têm muito sexo fabuloso, são orgasmos atrás de orgasmos, que não resistem a uma boa palmada.

Curiosidade minha: enquanto o lia a música "Get Off" do Prince passou-me muitas vezes pela mente.

Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS


(Lido em Agosto de 2013)

Estrelas

Vou deixar de dar estrelas para avaliar os livros. Não posso comparar dois livros com objectivos diferentes. Se o objectivo é distrair não posso ler Dostoiévski, se o objectivo é aprender não posso ler Nora Roberts.

Assim sendo, além da sinopse, partilho apenas a minha (humilde) opinião.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

José Rodrigues dos Santos - A Ilha das Trevas

Paulino da Conceição é um timorense com um terrível segredo. Assistiu, juntamente com a família, à saída dos portugueses de Timor-Leste e a todos os acontecimentos que se seguiram, tornando-se um mero peão nas circunstâncias que mediaram a invasão indonésia de 1975 e o referendo de 1999 que deu a independência ao país.
Só há uma pessoa a quem Paulino pode confessar o seu segredo - mas terá coragem para o fazer?




Mais do que um romance, o livro é uma narrativa do que se passou em Timor após a saída dos portugueses de Timor. A consciência de Paulino de Conceição é apenas uma "desculpa" para serem relatados todos os terríveis acontecimentos que se passaram naquele território e como culminaram na sua independência.
Quando comecei a ler desconhecia que tinha sido o seu primeiro romance, o que provavelmente ajuda a compreender o porquê de mais parecer um estudo jornalístico.

Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS


(Lido em Agosto de 2013) - ****

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Jill Mansell - Três é demais

Não há família mais glamorosa que os Mandeville.
O casal de celebridades Jack e Cass Mandeville parece ter tudo — boa aparência, carreiras coroadas de êxito e um casamento maravilhoso. Os filhos também são incrivelmente talentosos: a Cleo é supermodelo; o Sean é um comediante de sucesso; e embora Sophie, uma adolescente de 16 anos, esconda a sua aparência sob uns enormes óculos redondos e roupa larga, todos veem que existe um belo cisne ansioso por desabrochar. Aos olhos da imprensa, a família Mandeville é simplesmente exemplar.
Mas uma ruiva lindíssima, de seu nome Imogen, aparece para entrevistar Jack e Cass na manhã do quadragésimo aniversário de Jack… e a família fabulosa descobre que afinal talvez não seja assim tão perfeita.



Antes de mais, dou três estrelas porque conheço o tipo de livros desta autora e este satisfez os seus propósitos: Um livro de leitura muito fácil e rápida, que se lê e se esquece, e que me fez dar umas gargalhadas com algumas passagens. As várias personagens estão bem relacionadas umas com as outras e as situações bem descritas.

Queria um livro de "literatura light", para poder ler sem ter que estar exclusivamente concentrada a nisso. Serviu os meus propósitos.

Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS

(Lido em Agosto de 2013) - ***

L. Marie Adeline - S.E.C.R.E.T.

A vida de Cassie Robichaud está cheia de tristeza e solidão desde que o marido morreu. Cassie é empregada de mesa no Café Rose, em Nova Orleães, e dorme todas as noites num apartamento de um só quarto, na companhia de um gato.
Porém, quando descobre um diário deixado no café por uma mulher misteriosa, o seu mundo muda para sempre. O diário, cheio de confissões explícitas, choca-a e fascina-a ao mesmo tempo e acaba por levá-la ao S.E.C.R.E.T., uma sociedade secreta que se dedica a ajudar mulheres a realizar as suas fantasias sexuais mais loucas e íntimas. Cassie acaba por mergulhar numa electrizante jornada de Dez Passos, durante a qual tem uma série de fantasias arrebatadoras com homens deslumbrantes, que a fazem despertar e a saciam.
Assim que se liberta das suas inibições, Cassie descortina uma nova confiança e transforma-se, conseguindo a coragem necessária para levar uma vida apaixonada. Ao mesmo tempo atraente, libertador e emocionalmente poderoso, S.E.C.R.E.T. é um mundo onde a fantasia se torna realidade.

O motivo de ter dado 5 estrelas não foi por o livro ser fabuloso. Também não foi pela originalidade do tema.
Foi porque, apesar da abundância de livros eróticos que tem surgido no mercado, é muito diferente da fantasia ele-é-tão-bom-e-atormentado. Aqui, Cassie Robichaud, é uma mulher que qualquer uma e que teve a infelicidade de casar com alguém que não a apreciava e que lhe foi aos poucos destruindo a auto estima. Depois de enviuvar, Cassie construiu o seu casulo afastando um homem (Will) de quem gostava porque, nunca se considerou merecedora.
Por meios mais ou menos tortuosos, acaba por ser convidada para se deixar ser ajudada pela S.E.C.R.E.T, que ajuda mulheres a serem mais confiantes no sexo e na vida. Começa então uma série de encontros com homens lindos de morrer que lhe vão dando a confiança que necessita.
A grande diferença é que o livro narra um conjunto de momentos especiais, que poderiam ser verdadeiros, enquanto nos outros livros do género que li toda a relação, apesar dos altos e baixos descritos é sempre deslumbrante - o que é impossível. Cada homem lhe dá o que ela necessita para crescer e como ela mesmo diz "Um só homem é incapaz de realizar todos os desejos de uma mulher".



Para além disso, gostei do final feliz, não no sentido tradicional porque ela não fica com o homem dos seus sonhos, mas porque se consegue reinventar como a mulher que sempre quis ser.
Fico à espera dos próximos livros pois, como não poderia deixar de ser, é uma trilogia.

Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS


(Lido em Agosto de 2013) - *****

Emma Wildes - Sussurros Ousados

Na sociedade do período da Regência, espera-se que as mulheres casem  jovens, governem a casa e sejam vistas, não ouvidas. No entanto, estas senhoras dificilmente fazem o que se espera delas…
Lady Cecily Francis está resignada a tornar-se esposa de Lorde Drury, o homem por quem desconfia que a irmã nutre uma paixão secreta. Porém, depois do seu  primeiro encontro escandaloso com o exótico conde de Augustine - o americano de quem toda a gente fala em surdina -, Cecily fica intrigada com a possibilidade de uma vida mais excitante. Se ao menos conseguisse arranjar maneira de  casar com o pouco convencional conde…
É conhecido na cidade por Conde Selvagem. Embora tenha herdado o título de  forma legítima - e, com ele, a responsabilidade pelas suas três meias-irmãs -, Augustine é meio-americano e meio-iroquês. Mal pode esperar para pôr em ordem o património do pai, casar as irmãs e regressar à sua terra natal. Até que a encantadora Lady Cecily o leva a considerar uma prolongada estada em Inglaterra…

Este livro não me entediou nem me inflamou.
Se nos esquecermos da repetição da descrição física das personagens, e dos diálogos muitas vezes demasiado longos, o livro lê-se bem, com as histórias principal e secundárias bem construídas, uma boa descrição dos usos e mentalidades do ton daquela época.
A autora poderia ter aproveitado melhor as cenas ousadas, ter feito as personagens principais, com mais alguma personalidade (gostei mais de Drury e de Ellie do que de Cecily e de Augustine) e o final poderia ser um pouco menos abrupto.

De qualquer forma é um romance histórico típico, com todas os argumentos e limitações a ele intrínsecas.

Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS

(Lido em Agosto de 2013) - ***

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Sherrilyn Kenyon - À Luz da Meia Noite

"Uma celebridade generosa que tudo oferecia e nada pedia em troca… até ser enganado pelos que o rodeavam. Agora Aidan nada quer do mundo ou sequer fazer parte dele. 

Quando uma estranha mulher aparece à sua porta, Aidan sabe que já a viu antes… nos seus sonhos. 

Uma deusa nascida no Olimpo, Leta nada sabe do mundo dos humanos. Mas um inimigo implacável expulsou-a do mundo dos sonhos e para os braços do único homem capaz de a ajudar: Aidan. Os poderes imortais da deusa derivam de emoções humanas, e a raiva de Aidan é todo o combustível que precisa para se defender… 

Uma fria noite de inverno irá mudar as suas vidas para sempre… 

Aprisionados durante uma tempestade de inverno brutal, Aidan e Leta terão que conquistar a única coisa que os poderá salvar a ambos - ou destruí-los - a confiança. Conseguirão triunfar sobre todos os obstáculos?"

Apesar de ser pequeno - quase não o considero um livro, mas sim um conto - e nenhum Predador da Noite entrar como personagem, é um livro que merece estar nesta saga.
A escrita fluída da autora conta-nos a história de um homem atormentado, Aiden, que é alvo do ódio do seu próprio irmão que convocou um deus dos sonos, Dolor, para o torturar e matar. Para o salvar, ou melhor para derrotar Dolor, aparece Leta, com as suas próprias lembranças que a atormentam.
A forma como Leta e Aiden se completam é descrita de uma forma fluída, sem pressões, com Leta a mostrar um lado vulnerável que faz com a torne uma personagem muito equilibrada. A forma como é descrita a raiva com que Aiden lidou com as traições é bem medida.
Para além disso, a história ajuda-nos a perceber melhor o poder dos Caçadores de Sonhos e os elos entre os vários tipos de deuses e de demónios.

Gostei.

Já agora, porquê uma capa que nada têm a ver com as restantes? É porque pela primeira vez o homem é mesmo humano e a mulher um ser sobrenatural?

Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS


(Lido em Agosto de 2013) - ****

William Codpiece Thawackery - As Cinquenta Sombras de Mr. Darcy

"Lizzy Bennet foi educada para ser uma dama de boas maneiras, hábil na conversa e uma referência comunidade. Mas quando Elliot Bingley vem fazer a corte à sua irmã, surge a oportunidade a Lizzy de aprender um conjunto de habilidades um pouco diferentes, ao ser apresentada a Fitzwilliam Darcy, amigo de Bingley. Um encontro apenas com este homem intrigante atrai Lizzy para o mundo secreto de Darcy, de práticas lascivas e impulsos luxuriosos. Darcy não faz declarações de amor, na verdade, as suas intenções eram claras desde o início. Mas mesmo a mais inocente e bem-educada das jovens tem impulsos… Lizzy descobre que um chicote não é apenas usado para para apressar o seu pónei - é um mundo um novo mundo que se lhe revela. "



Eu sabia que não me ia enganar quando disse AQUI que ia odiar. E odiei mesmo!

Sou fã de Orgulho e Preconceito, pelo que qualquer título que esteja relacionado atraí-me.
Mas este livro é tão mau, tão mau, tão mau, que nunca deveria ter sido permitido a sua associação ao clássico. Nem tão pouco a sua associação à trilogia de E. L. James.
Resumindo, sobre este livro só tenho uma coisa a dizer, algo que eu nunca pensei dizer sobre um livro: um completo desperdício de dinheiro!!!!

Com desejos de melhores leituras, até ao próximo livro.
AS

(Lido em Agosto de 2013) - *

Sherrilyn Kenyon - O Diabo também Chora

Sin, um antigo deus Sumério, era um dos mais poderosos do seu panteão… até à noite em que Ártemis lhe roubou a divindade e o deixou a um passo da morte.
Durante milénios, o ex-deus convertido em Predador da Noite procurou recuperar os seus poderes e vingar-se de Ártemis. Mas agora tem peixes mais graúdos — ou demónios mais graúdos — com que se preocupar. Os letais gallu, que tinham sido enterrados pelo seu panteão, começam a despertar e estão famintos de carne humana. O seu objetivo: destruir a humanidade. Sin é o único que os pode deter… se uma certa mulher não o matar primeiro.
E para quem apenas conheceu a traição, agora Sin terá de confiar numa pessoa que não hesitará em o entregar aos demónios. Ártemis pode ter roubado a sua divindade, mas outra mulher roubou-lhe o coração. A única pergunta é: irá ela mantê-lo… ou dá-lo a comer aos que o querem morto?



Eu não gosto muito de livros paranormais, mas quando começo a ler um da série Predadores da Noite só paro quando não posso mesmo continuar e retorno sempre que posso, nem que seja para ler só uma página.  
Os primeiros da série, para mim, são os melhores. Com excepção feita a 

Acheron. De uma forma geral é uma boa série para se seguir.

Sobre o livro e, desta vez, começando mesmo mesmo pelo ínicio:
Com uma capa que não é a imagem de um (ex-)deus lindo e excitante e um título deixa muito a desejar, é mais uma prova que não se deve julgar um livro pela capa.
"O diabo também chora"  ajuda a compreender melhor a forma como se relacionam os panteões (neste caso sumério, grego e atlante) e ajudar a compreender alguns pontos menos explícitos nos livros anteriores, assim como alguns comportamentos fizeram mais sentido e alguns segredos deixam de o ser.
Como não poderia deixar de ser, a duração temporal do livro é curta mas repleta de ação, romance e humor, com Sin e Katra a formarem um casal muito interessante e inesperado, com uma constante dose de humor, muitas vezes sarcástico, que (obviamente!) dá lugar ao romance.

Sobre a presença de Acheron no romance, sinto-me dividida: por um lado é dado um passo bem grande para se compreender a personagem mais misteriosa da saga (principalmente para quem não ainda não leu o livro "dele"), mas por outro a relação de Ash com Ártemis (que neste livro mostra um lado um pouco mais simpático) começa a ser demasiado repetitiva, sem grandes perspectivas de mudança.
Também o relacionamento entre Katra e Acheron foi demasiado rápido na minha opinião: claro que Ash nunca lhe viraria as costas, mas daí a, num piscar de olhos, passar de desconhecidos e grandes confidentes....
O mesmo posso falar de Katra e Sin: para quem se guardou durante tantos séculos, Katra não esperou muito para passar a um outro nível da sua relação. Se bem que comprenda que com um homem como Sin seja díficil resistir.

Tudo terminou bem... mesmo sem ter terminado. Sherrilyn Kenyon deixou a porta aberta para a continuação  da saga (afinal o próximo herói caído em desgraça é o Xypher no seu combate aos recém introduzidos Gallus) deixando-me com a expectativa do que aí vem.

Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS

(Lido em Agosto de 2013- ****)

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Mr. Darcy completa 200 anos e ainda é símbolo de sedução

Muito a propósito, vou começar a ler (mais) um livro baseado em Orgulho e Preconceito, "As Cinquenta Sombras de Mr. Darcy". SEI que vou odiar. Mesmo assim não resisto. Pareço um veado encandeado pelas luzes de um camião...



"Quando Rita Hayworth surgiu nas telas de cinema, em 1946, vestindo um tomara que caia preto e cantando “Put the blame on Mame” enquanto sensualmente tirava as luvas, o mundo aprendeu que “nunca houve uma mulher como Gilda”. Colin Firth não precisou cantar na adaptação de “Orgulho e preconceito”, feita pela BBC em 1995. Um mergulho no lago e a camisa branca molhada foram suficientes para entendermos que, bem, nunca houve um homem como Mr. Darcy.
(...)
Não custa lembrar que coube a Mr. Darcy uma das mais famosas declarações de amor da literatura inglesa: “Em vão tenho lutado comigo mesmo, mas nada consegui. Meus sentimentos não podem ser reprimidos; preciso que me permita dizer-lhe que eu a admiro e amo ardentemente”.
E se alguém ainda precisa de motivo para amar Mr. Darcy, bem, há sempre Colin Firth e aquela camisa branca. "

Retirado de http://ela.oglobo.globo.com/vida/cultura-em-vida/mr-darcy-personagem-criado-por-jane-austen-completa-200-anos-ainda-simbolo-de-seducao-7791543

Sherrilyn Kenyon - Teme a escuridão

Antes de mais, este "livro" não é um livro, é um conto. Mas como se encontra na lista de Livros publicados pela autora - e eu durante muito tempo pensava que era um livro e estive à espera que ele fosse publicado para ler os livros por ordem (*) -aqui está a minha breve e humilde opinião.

O conto foca-se em duas situações: O regresso de Nick a uma Nova Orleães destruída pelo Katrina e o ódio que o consome desde a morte da mãe. Para um conto tão pequeno foram feitas algumas revelações que recomecei a saga imediatamente.



Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS

(Lido em Agosto de 2013)



(*) Li o livro sobre o Acheron, com o mesmo título, antes de começar a ler a saga e é um valente Spoiler. Basicamente aprendi a lição.

Dan Brown - Inferno


«Procura e encontrarás.»

É com o eco destas palavras na cabeça que Robert Langdon, o reputado simbologista de Harvard, acorda numa cama de hospital sem se conseguir lembrar de onde está ou como ali chegou. Também não sabe explicar a origem de certo objeto macabro encontrado escondido entre os seus pertences.

Uma ameaça contra a sua vida irá lançar Langdon e uma jovem médica, Sienna Brooks, numa corrida alucinante pela cidade de Florença. A única coisa que os pode salvar das garras dos desconhecidos que os perseguem é o conhecimento que Langdon tem das passagens ocultas e dos segredos antigos que se escondem por detrás das fachadas históricas.

Tendo como guia apenas alguns versos do Inferno, a obra-prima de Dante, épica e negra, veem-se obrigados a decifrar uma sequência de códigos encerrados em alguns dos artefactos mais célebres da Renascença - esculturas, quadros, edifícios -, de modo a poderem encontrar a solução de um enigma que pode, ou não, ajudá-los a salvar o mundo de uma ameaça terrível…



Na sinopse de "Inferno" avisa que "Inferno é o romance mais emocionante e provocador que Dan Brown já escreveu, uma corrida contra o tempo de cortar a respiração, que vai prender o leitor desde a primeira página e não o largará até que feche o livro no final" e desta vez é verdade.
Obviamente tive que o largar - mas só porque era obrigada. A escrita é envolvente e dei por mim a querer pesquisar sobre as várias obras e sítios mencionados no livro, o que fiz logo que me foi possível.  A escrita é envolvente, a ação muito bem narrada e deu-me a nítida sensação que estava numa sala de cinema a ver a trama a desenrolar-se.
A sobrepopulação mundial, a peste negra e as regras pelas quais se gere a Organização Mundial de Saúde no que toca ao combate às doenças estão bem entrosadas na história.

Não estou a dizer que a obra de Dan Brown seja genial. Às vezes parece que Robert Langdon é a versão humana da Wikipédia, faz publicidade a marcas a torto e a direito (Google, iphone, netjet....) e a sobrepopulação mundial é algo que me faz alguma confusão: então não andamos todos preocupados com a decrescente taxa de natalidade?

Mas que é um livro de se lê com prazer, que é um bom entretenimento, isso não posso negar. E por esse motivo, dou-lhe classificação máxima.


Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS

(Lido em Agosto de 2013) *****

José Rodrigues dos Santos - A Mão do Diabo


A crise atingiu Tomás Noronha. Devido às medidas de austeridade, o historiador é despedido da faculdade e tem de se candidatar ao subsídio de desemprego. À porta do centro de emprego, Tomás é interpelado por um velho amigo do liceu perseguido por desconhecidos.

O fugitivo escondeu um DVD escaldante que compromete os responsáveis pela crise, mas para o encontrar Tomás terá de decifrar um criptograma enigmático.

O Tribunal Penal Internacional instaurou um processo aos autores da crise por crimes contra a humanidade. Para que este processo seja bem-sucedido, e apesar da perseguição implacável montada por um bando de assassinos, é imperativo que Tomás decifre o criptograma e localize o DVD com o mais perigoso segredo do mundo.



Este livro poderia ter como subtítulo "A crise explicada a totós".
Todo ele se passa com o Tomás de Noronha a dar ou a receber explicações de como começou a crise, os antecedentes históricos e as previsões para o futuro. O que para mim, que não percebo nada de economia nacional ou mundial, foi óptimo, mas não era bem o que eu estava à espera, principalmente num dos livros que eu levei para ler na minha pausa laboral, vulgo férias.
A Mão do Diabo, que dá o título ao livro, parece-me um pouco forçada: adoração do Diabo, cultos satânicos, um breve deslumbre de uma noite sádica... ligados apenas porque o líder do culto é quem a todo o custo apoderar-se do DVD que o Dr. Noronha também procura.


ATENÇÃO: pode conter informações que estraguem a leitura
No final, José Rodrigues dos Santos mostra que não é ingénuo, ao apresentar as "provas" do DVD mostra como as grandes negociatas são feitas entre os lideres dos países. Apesar de perceber onde JRG queria chegar (ou penso que percebo) acho que o julgamento e um pouco forçado. Embora esteja lá escrito, preto no branco, que o julgamento era uma fachada para os povos envolvidos se sentirem justiçados, não acredito que na vida real tal venha a acontecer. E num livro tão realista, acho que fica desenquadrado.

Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS

(Lido em Julho de 2013) ***

domingo, 21 de julho de 2013

Kirsty Crawford- A Vida Secreta dos Maridos

Quando Ruth e Ned se conheceram, ambos sabiam ter encontrado alguém especial, que mudaria a sua vida. Após um fulminante amor à primeira vista, e porque há alturas da vida em que não necessitamos de muito tempo para nos apercebermos de que tomámos a decisão certa, rapidamente decidem passar o resto das suas vidas juntos. Mas há coisas que parecem boas de mais para serem verdade. Num fim-de-semana em que Ned se encontra fora em trabalho, Ruth decide fazer arrumações. Decide então fazer algo de que se viria a arrepender: ler os antigos diários de Ned. Subitamente, o idílio transforma-se em inferno. Sentindo-se um fantoche no intrincado jogo de manipulações e intrigas do grupo de amigos de Ned, Ruth tem ainda de aprender a lidar com a sua sogra, que parece viver num mundo à parte. Conseguirá o amor superar todos os obstáculos?




Primeiro custou a começar. Estava em cima da mesa de cabeceira há uma eternidade.
Depois não estava a ir nada de encontro ao que eu estava à espera.
E de repente... ate começo a apreciar.
No fim, só consegui parar de ler quando cheguei ao último ponto final.

A personagem principal, Ruth, apesar de me parecer um bocado simpática de mais para todos os que fazem parte do seu noivo/marido e demasiado crente, a verdade é que, provavelmente, é o que todos nós tentamos fazer quando entramos no mundo de alguém: queremos ser aceites e queremos que gostem de nós.

A história tem um bom ritmo, as personagens principais são descritas de acordo com as opiniões de Ruth e, apesar de não ser uma novidade, o enredo é interessante.

Uma boa leitura para dias de ócio.

Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS

(Lido em Julho de 2013) ***

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Rossella Calabrò - As Cinquenta Baboseiras de Toni

"O senhor Grey é lindo, rico, sensível, misterioso e sexy. E é o protagonista do fenómeno literário do ano: a trilogia As Cinquenta Sombras de Grey. Há só um problemazinho, este senhor Grey não existe.
E o Toni? O Toni claro que existe. Onde o Grey conversa garbosamente com a amada, o Toni recita o alfabeto inteiro arrotando. Quando o senhor Grey assume o comando, o Toni pega no comando. Se o senhor Grey toca de forma magistral piano, o Toni fica escarrapachado no sofá. O Toni, em suma, é o nosso companheiro/marido/amante, com quem nos encontramos à frente no exacto momento em que paramos de sonhar acordadas com o fatal Grey literário. Menos fascinante, mas muito mais divertido e com pelo menos cinquenta razões narradas neste livro hilariante. O Toni esconde-se dentro de T-shirts decoradas a gordura (de carne assada), e em vez da leitura refinada, prefere o último número do jornal A Bola. Bem, há qualquer coisa que falta ao senhor Grey: ser amado por provocar um sorriso. Por isso, se depois de lermos de um só fôlego a trilogia de E. L. James, nos perguntarmos quem é o exemplar de homem que ressona alto ao nosso lado, este é o livro certo para descobrir. E o mais importante, para rir. Porque, afinal, o riso é a coisa mais erótica que existe."

Eu quis ler. Ofereceram-me o livro. Muito obrigada, a sério que sim. Mas....
Apesar de o ponto de vista da autora ser interessante ("minhas senhoras, lamento, mas o Sr. Grey é pura ficção"), e escrever de uma forma mordaz que me agradou, o conteúdo não tinha o humor que eu esperava.
Foi uma leitura breve, cumpriu a sua missão de entretimento, mas não recomendo, em especial aos fãs da trilogia de E. L. James.

Com desejos de melhores leituras, até ao próximo livro.
AS

(Lido em Julho de 2013) - **

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Classificações

Após um comentário (que pediu para não ser publicado), considero que é uma boa altura esclarecer as classificações que dou aos livros que vou lendo.

Em primeiro lugar, não me considero nenhuma perita, pelo que a opinião que exprimo é apenas a de alguém que retira prazer na leitura.

Em segundo, a classificação também reflecte a realização das expectativas. Quando começo a ler um livro - principalmente de um autor que já conheço - tenho uma ideia de como será a narrativa. A maioria cumpre, alguns excedem e outros ainda falham. Só porque eu dei ** não significa que o livro seja mau. Significa que eu não gostei e/ou fiquei defraudada nas minhas expectativas.

Em terceiro, eu sei que as minhas "críticas" são pequenas e não muito interessantes. Só porque gosto de ler não significa que tenha jeito para me exprimir. Mas por outro lado, fui avisando isto logo desde o principio.

Com desejos de boas leituras,
AS

Emma Wildes - Pecados Escondidos

"Alguns segredos só podem ser partilhados atrás de portas fechadas.

Não foi a arte do engano que desconcertou Michael Hepburn, mas sim a inocência. A sua recém-esposa era confiante, bonita e, para seu espanto, absolutamente fascinante.
Julianne Sutton sempre soubera que casaria com o marquês de Longhaven, como fora acordado anos antes pelas famílias. No entanto, assumira que o marido seria Harry, o afável herdeiro ducal, e não o enigmático irmão. Quando Harry morreu de forma inesperada e Michael lhe sucedeu como o novo marquês, não foram apenas os planos de casamento de Julianne que se alteraram.
Michael combatia o inimigo implacável num jogo de espionagem e engano, mas quando descobriu que a mulher tinha os seus próprios segredos, depressa descortinou que o amor se regia por um conjunto de regras completamente diferentes…"


A conclusão da trilogia, após "Um Homem Imoral" e "Um erro Inconfessável".
Já sabia o que esperar de Emma Wildes: um livro de leitura fácil, com uma pitada de erotismo, um homem aristocrático e de difícil compreensão, uma dama, em todos os sentidos, bonita e inteligente.

Não desiludiu - também não esperava muito - mas não foi livro que eu mais gostei da autora.

Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS

(Lido em Julho de 2013) ***

terça-feira, 2 de julho de 2013

Isabel Allende - Inés da Minha Alma

"Com o realismo mágico de A Casa dos Espíritos e a sensualidade de Filha da Fortuna e Retrato a Sépia, Isabel Allende apresenta-nos Inés Suarez, uma mulher cheia de força e paixão que conquistou o Chile no século XVI e promete, agora, conquistar o coração dos leitores de todo o mundo.
“Suponho que colocarão estátuas minhas nas praças, e existirão ruas e cidades com o meu nome, tal como de Pedro de Valdivia e outros conquistadores, mas centenas de esforçadas mulheres que fundaram as aldeias, enquanto os seus homens lutavam, serão esquecidas.”
Inés Suárez é uma jovem e humilde costureira oriunda da Extremadura que embarca em direcção ao Novo Mundo para procurar o marido, extraviado com os seus sonhos de glória do outro lado do Atlântico. Anseia também por viver uma vida de aventuras, vedada às mulheres na pacata sociedade do século XVI. 
Na América, Inés não encontra o marido, mas sim uma grande paixão: Pedro de Valdivia, mestre-de-campo de Francisco Pizarro, ao lado de quem Inés enfrenta os riscos e as incertezas da conquista e fundação do reino do Chile.
Neste romance épico, a força do amor concede uma trégua à rudeza, à violência e à crueldade de um momento histórico inesquecível. Através da mão de Isabel Allende, confirma-se que a realidade pode ser tão ou mais surpreendente que a melhor ficção, e igualmente cativante."


Uma narrativa na primeira pessoa, na voz de Inés Suarez, sobre a conquista do Chile e a vida dos espanhóis no Novo Mundo.

Através das cartas que escreve à sua filha relata as suas relações amorosas com os seus dois maridos e com o conquistador/Governador da Nova Estramadura, Pedro de Valvidia, e as relações dos espanhóis com os índios do Perú e do Chile. Toda a vida da sociedade é descrita, desde as batalhas entre espanhóis e índios (especialmente com os Mapuche, até aos hábitos da população local e da conquistadora.
As personagens estão excepcionalmente bem caracterizadas, a personagem feminina é forte, bem ao estilo de Isabel Allende, uma mulher do seu tempo mas ao mesmo tempo distinta das outras. O facto de ser uma personagem real só traz mais interesse.

Apesar do desconforto sentido pela narrativa das atrocidades cometidas (o livro fala das invasões espanholas, mas as portuguesas devem ter sido semelhantes), o livro é muito interessante, um dos melhores da autora, na minha opinião.

Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS

(Lido em Julho de 2013) *****

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Daniel Glattauer - Emmi e Leo - A sétima onda

"«Pensas que não te vejo, que não te sinto. Engano. Puro engano. Quando te escrevo, seguro-te bem junto a mim.»

Emmi e Leo são os protagonistas de um amor virtual apaixonante, que passou por todo o tipo de emoções, menos a de um encontro físico. A relação, iniciada no irresistível Quando sopra o vento norte, parece ter chegado a um impasse. Leo decide partir para os EUA, renunciando a um amor impossível.
Quando regressa, longos meses depois, o encontro entre ambos concretiza-se. Mas Emmi continua casada e Leo tem em Pamela o amor estável com que sempre sonhara. 
Só que, na verdade, os dois amantes nunca estiveram mais apaixonados. Conseguirão eles, por fim, vencer o destino que parece teimar em separá-los?"

Foi uma leitura agradável, apesar de não ter a originalidade e a frescura do seu antecessor, e de ás vezes sentir que as situações andavam continuamente às voltas sem sair do sítio. Mas as relações às vezes são mesmo assim, e no case de Emmi e Leo, todas as circunstâncias, dúvidas e sentimentos contribuem para que o desenvolvimento não seja linear.
Quem gostou do primeiro vai gostar deste também.

Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS

(Lido em Junho de 2013) ***

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Bella Andre - Sedução

"Charles Gibson é um escritor de êxito, mas devido aos temas que escreve afasta as mulheres e sujeita-se a blind dates que os amigos lhe propõem. Candance Whitman, recém-chegada à literatura erótica, tem encontrado diversos obstáculos pelo caminho. Cansada de ser criticada, decide ir a uma conferência de escritores com o objectivo de aprender, onde acaba por conhecer o seu ídolo: Charles Gibson, o autor best-seller de romances eróticos. Charles propõe-lhe cinco lições para lhe ensinar as noções básicas do erotismo, criação de cenas, ou seja, conselhos muito válidos para obter bons resultados. Mas o que nenhum dos dois esperava era que as lições teóricas passassem à prática. Infelizmente, a desilusão de Candace em relação ao novo romance que está a escrever - no qual Charlie desempenha o papel principal - ameaça-lhes a possibilidade de desfrutar de um amor verdadeiro. Conseguirá ela separar a fantasia da realidade?"

Numa palavra: "Não!".
O livro acaba por só ter duas personagens, embora haja uma história dentro da história com mais duas, que são o reflexo do que se passa entre Candace e Charles.
A trama é demasiado linear, utilizando sempre uma linguagem crua, embora contextualizada, e as cenas de sexo, embora até estejam bem (d)escritas, não me atraíram.  Questiono se o problema já terá vindo do original, uma vez que a escritora já tem alguma reputação no campo da literatura erótica / sensual, ou se a tradução tem algo a ver com isto.
De positivo tem o facto de ser um livro pequeno e de fácil leitura.

Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS

(Lido em Junho de 2013) **

Isabel Allende - A Ilha debaixo do mar

"Zarité foi vendida aos 9 anos a um rico fazendeiro de Saint-Domingue. No entanto, não conheceu o esgotamento das plantações de cana nem a asfixia e o sofrimento dos moinhos, porque foi sempre uma escrava doméstica. A sua bondade natural, força de espírito e noção de honra permitiram-lhe partilhar os segredos e a espiritualidade que ajudavam os seus, os escravos, a sobreviver, e conhecer as misérias dos amos, os brancos. Isabel Allende dá voz a uma mulher lutadora que singrará na vida, apesar das partidas do destino. Zarité é uma heroína que, contra todas as adversidades, conseguirá abrir caminho para alcançar a liberdade."


Adorei o livro, apesar de todas as vezes que me arrepiei pela forma que os seres humanos eram tratados só porque a pele não era branca, fossem eles negros, mulatos ou indígenas.
A acção passa-se maioritariamente em Saint-Domingue (o actual Haiti) e em Nova Orleães nos finais do século XVIII e conta-nos a vida, às vezes na primeira pessoa, da escrava Zarité, conhecida como Teté.
Tal como em livros anteriores, também neste se aprende muito sobre a história do Novo Continente.

Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS

(Lido em Junho de 2013)

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Dan Brown - A conspiraçao

"O Presidente Zachary Herney está a lutar por uma duríssima reeleição. O seu opositor, o Senador Sedgwick Sexton, é um homem com amigos poderosos e uma missão: privatizar a NASA e reduzir as suas despesas. O Senador tem numerosos apoiantes que beneficiarão com a mudança, especialmente depois do embaraçoso episódio de 1996, em que o governo de Clinton foi informado pela NASA de que havia provas de existência de vida noutros planetas.
Lutando para sobreviver a uma série de erros que ameaçam a sua imagem política, a NASA faz uma descoberta atordoadora: um estranho meteorito enterrado no Árctico. O Presidente é informado de que o objecto encontrado vai ter implicações determinantes no programa espacial americano. Contudo, dada a reputação vacilante da agência espacial norte-americana, será a descoberta válida ou não?
Rachel Saxton, uma investigadora dos Serviços Secretos da Casa Branca, é destacada para confirmar a autenticidade do achado. Rachel tem como missão resumir relatórios complexos em notas de uma página. Neste caso o Presidente precisa dos seus dados antes da última declaração que fará ao povo americano e que será decisiva na sua reeleição.
Acompanhada por uma equipa de especialistas, incluindo o carismático oceonógrafo Michael Tolland, Rachel descobre o impensável: provas de um embuste científico, de uma cilada que ameaça mergulhar o mundo em controvérsia. Mas antes de conseguir contactar o Presidente, Rachel e Michael são vítimas de uma perseguição sem tréguas ao longo do Árctico, refugiam-se num submarino nuclear e acabam por ser aprisionados num pequeno barco na costa de New Jersey, enquanto a capital norte-americana ferve de expectativas relativamente a mais uma fraude científica e os ânimos se exaltam nas antecâmaras do poder no interior da ala esquerda."


Ainda está para vir o livro de Dan Brown que me decepcione, porque este ainda não foi o tal.
Embora haja umas embrulhadas - há sempre - e umas situações um bocado rebuscadas, o livro é interessante e custava-me parar de ler.
O enredo passa-se no Árctico e em Washington e acima de tudo mostra o poder da política, até onde podem ir os seus tentáculos e de como todos têm planos secretos e o que são capazes de fazer para atingir os seus objectivos.
A descrição de um presidente aparentemente descontraído fez-me lembrar o sr. Obama.


Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS

(Lido em Maio de 2013)

sábado, 27 de abril de 2013

Isabel Allende - O caderno de Maya

"Sou Maya Vidal, dezanove anos, sexo feminino, solteira, sem namorado por falta de oportunidade e não por esquisitice, nascida em Berkeley, Califórnia, com passaporte americano, temporariamente refugiada numa ilha no sul do mundo. Chamaram-me Maya porque a minha Nini adora a Índia e não ocorreu outro nome aos meus pais, embora tenham tido nove meses para pensar no assunto. Em hindi, Maya significa feitiço, ilusão, sonho, o que não tem nada a ver com o meu carácter. Átila teria sido mais apropriado, pois onde ponho o pé a erva não volta a crescer."

Não sendo um dos meus livros preferidos da autora, a verdade é que foi-se lendo bem. Os saltos no tempo trazem alguma profundidade na composição da personalidade de Maya. Embora acabe por ser uma história com final feliz, não é de todo previsível.

Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS

(Lido em Abril de 2013)

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Nota Roberts & J.D. Robb - Naquele Tempo



"Laine Tavish é dona de uma loja de antiguidades chamada Naquele Tempo. É uma mulher discreta e vive uma vida igualmente discreta numa pequena localidade de Maryland. Pelo menos, isso é o que toda a gente pensa. Na verdade, o seu nome é Elaine O’Hara e é filha de Big Jack O’Hara, um dos mais conhecidos bandidos do seu tempo.
E o passado de Laine acaba de a encontrar... de uma forma bem dramática. O seu tio, há muito sumido, aparece de repente na sua loja, apenas para deixar um aviso misterioso antes de ser atropelado mortalmente na rua. Pouco depois, a casa dela é revirada por assaltantes. Agora cabe a Laine e a um homem deliciosamente misterioso chamado Max Gannon, descobrir quem anda atrás dela, e porquê. A resposta está num tesouro escondido, um tesouro que vai mudar não só a vida de Laine mas também a de futuras gerações."



É interessante ver as duas partes da história: uma mais virada para o romance, com uma pontada de policial e outra policial com uma pontada de romance.
O que é certo é que tenho dois livros da J.D. Robbs (ofertas da Feira do Livro do ano passado) e nunca lhes peguei. Até fiquei com curiosidade para ler mais sobre Eve e Roarke.
Sobre a primeira parte, bem é um livro da Nora Roberts, para bem e para o mal, e está tudo dito. As fórmulas dela não variam muito.

Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS

(Lido em Abril de 2013)

quinta-feira, 4 de abril de 2013

José Rodrigues dos Santos - O Códex 632


"A mensagem enigmática foi encontrada por entre os papéis que um velho historiador deixara no Rio de Janeiro antes de morrer. 
MOLOC 
NINUNDIA OMASTOOS 
Tomás Noronha, professor de História da Universidade Nova de Lisboa e perito em criptanálise e línguas antigas, foi contratado para descodificar esta estranha cifra. Mas o mistério que ela encerrava revelou-se para além da sua imaginação, lançando-o inesperadamente na pista do mais bem guardado segredo dos Descobrimentos: a verdadeira identidade e missão de Cristóvão Colombo. "





O enredo não é novo: afinal quem foi Cristovão Colombo?
A pedido da American History Foundation, Tomás de Noronha segue os passos do falecido Prof. Toscano sobre o que era  suposto serem as investigações para as comemorações dos 500 anos da descoberta do Brasil. Mas rapidamente Noronha se apercebe que sobre o Brasil há muito pouco e o Prof. Toscano estava a fazer uma investigação profunda sobre Colombo.
Através de imensas referências a autores, livros e documentos históricos - tantas que até cansa - Noronha consegue chegar a conclusões imprevisíveis (e por vezes um pouco forçadas) sobre a verdadeira história do navegador.
Apesar de algumas partes do livro serem pouco claras e muito repetitivas sobre a origem do descobridor da América, vale a pena pela parte histórica sobre a época dos Descobrimentos em que se baseia o livro.

Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS


(Lido em Abril de 2013)

sábado, 30 de março de 2013

Boa Páscoa

Feliz Páscoa! 

Aproveitem o fim-de-semana prolongado (para os sortudos, aproveitem as férias) para por a leitura em dia.
:)

Juliette Benzoni - Na Cama dos Reis - Noites de Núpcias

"Muito já se publicou sobre o casamento. Mas pouco, ou quase nada, sobre os momentos íntimos no segredo das alcovas depois das cerimónias oficiais.
Juliette Benzoni, historiadora e romancista, soube encontrar o fio condutor dos escritos e memórias de várias personagens da História, desde noites de núpcias de deuses, de reis a príncipes. Noites grandiosas de Alexandre, o Grande, noites resignadas de Luís XVI, noites reticentes, noites de lágrimas, estranhas, entusiastas e desesperadas. Noites dramáticas, da tenda de Átila, o Huno ao quarto de Mayerling, terminam em amor ou ódio instilados no sangue.
Este livro conduz-nos por estas noites secretas e nunca reveladas e que, por vezes, mudaram o curso da História.
Noites dos Grandes. Mas talvez também as nossas. Todos podemos reencontrar as nossas experiências e confrontar as nossas decepções e sonhos."


Há muito tempo que não comprava um livro e o lia logo de seguida. Tenho uma porção deles para ler e decidi lê-los por ordem de aquisição. "Na cama dos Reis - Noites de Núpcias" foi uma excepção e não me arrependo (principalmente depois do fiasco anterior).
Já tinha lido alguns romances da autora, mas este em nada se parece com eles ou, já agora, com nenhum romance que eu já tenha lido.
O livro conta-nos, com grande rigor histórico e sempre muito bem enquadradas, as histórias e as tramas dos casamentos, dando destaque... às noites de núpcias, claro. Com um toque de humor na visão do que aconteceu, "Na cama dos Reis - Noites de Núpcias" é um excelente lição de História para compreender as mentalidades, tradições e politicas da época.



Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS


(Lido em Março de 2013)

Georgette Heyer - Black Sheep


"Na Inglaterra do século XIX, Abigail Wendover, ainda solteira aos 28 anos, ocupa o seu tempo com a rica família e as obrigações sociais: jantares, bailes, vestidos. A sua mais recente preocupação é a recém-descoberta paixão da sobrinha Fanny pelo belo Stacy Calverleigh - um interesseiro falido que vê na jovem sua possibilidade de recuperação financeira. Mas ela parece não ver isso.
Para salvar a ingénua sobrinha de uma decepção amorosa e um mau casamento, Abby tenta dissuadir o rapaz do golpe. Porém, acaba por se deparar com outro Calverleigh: Miles, tio de Stacy e a ovelha negra da família. Impetuoso, objetivo e desconcertantemente franco, ele fez fortuna na Índia, de onde acaba de chegar, mas é repudiado pela "boa sociedade" devido a um escândalo ocorrido há muitos anos.
O encontro desperta encantamento mútuo. Miles logo reconhece as qualidades de Abby, enquanto ela, a princípio, resiste ao charme do audacioso ovelha negra. Mas um sentimento verdadeiro a fará perceber que precisa enfrentar a sociedade e a família se não quiser abrir mão desse amor."

É a segunda vez que me enganam com a frase "Se gosta de Jane Austen vai de certeza gostar deste". Eu adoro os livros de Miss Austen e NÃO gostei deste. Não tem nenhuma profundidade, a troca de palavras entre os dois principais personagens é quase fútil. A Abby (a personagem principal) só se ri e diz que se preocupa com a sobrinha - embora não faça nada!!!! Nem vou falar que o livro parece inacabado...
A única coisa que o distingue de um qualquer romance barato é o sr. "Ovelha Negra" não ser bonito como habitualmente são os heróis dos romances.
Dou-lhe duas estrelas apenas por o livro estar em Inglês e por isso me obrigar a esforçar na esperança de afinal ser um bom livro, o que não aconteceu.

Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS


(Lido em Março de 2013)

quinta-feira, 28 de março de 2013

E.L.James - As Cinquenta Sombras Livre


"Quando a jovem e inocente Anastasia Steele encontrou pela primeira vez o impetuoso e fascinante milionário Christian Grey, começou entre eles um affair sensual que lhes mudou a vida para sempre. Assustada e intrigada pelas singulares inclinações eróticas de Grey, Anastasia exige um compromisso total na relação. Com medo de a perder, ele aceita.
Agora Anastasia e Grey têm finalmente tudo o que desejavam - o amor, a paixão, a intimidade, uma riqueza incalculável - e todo um mundo de possibilidades à sua espera. Mas ela sabe que amá-lo não será fácil, e que estarem juntos vai implicar ultrapassar barreiras que nenhum deles poderia prever. Anastasia vai ter de aprender a partilhar o estilo de vida de Grey sem sacrificar a sua identidade. E ele terá de aprender a superar o seu obsessivo impulso de tudo controlar, enquanto se debate com os demónios do seu terrível passado.
E quando tudo parece estar conjugado para que ambos consigam finalmente ultrapassar os maiores obstáculos, o destino conspira para tornar dolorosamente reais os maiores medos de Anastasia."

Bem, bem, bem. Esta trilogia é realmente má para o meu sono. Não consegui para até chegar à última página. O romance e o erotismo (mas em muito menos quantidade do que no primeiro volume) andam de mãos dadas com mistérios e sobressaltos. Confesso que algumas coisas começavam a chatear - o excesso de controlo dele e as cedências dela - mas isso foram detalhes numa leitura que acaba por ser absorvente.
No final, dois presentes: um, triste, sobre o primeiro Natal de Christian em casa dos novos pais, e outro, o início da trilogia com Christian como narrador. Será o prenúncio da trilogia vista pelos (belos) olhos de Grey?

Penso que é um livro, ou melhor uma trilogia, que não deixa ninguém indiferente: ou se gosta ou se odeia. Eu gostei, mas confesso que tanta publicidade e tanta "coisa" à volta dos livros acaba por ser prejudicial.

Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS


(Lido em Março de 2013)



E.L.James - As Cinquenta Sombras Mais Negras


"Perseguida pelos negros segredos que atormentam Christian Grey, Anastasia Steele separa-se dele, e começa uma carreira numa prestigiada editora de Seattle.
Mas por mais que tente, Anastasia não o consegue esquecer - ele continua a dominar-lhe todos os pensamentos. E quando Christian lhe propõe reatarem a relação com um novo e diferente acordo, ela não consegue resistir. Aos poucos, uma a uma, começam a revelar-se as Cinquenta Sombras que torturam o seu autoritário e dominador amante.
Enquanto Grey se debate com os seus demónios, e revela a Anastasia um lado inesperadamente romântico, ela vê-se obrigada a tomar a mais importante decisão da sua vida.
Uma escolha que só ela pode fazer…"




No primeiro livro, Grey nunca foi egocêntrico, prepotente, ou  insensível, apenas muito controlaDOR e com um passado que o marca profundamente com as suas cinquenta sombras. Neste livro, Anastácia (e nós) começamos a perceber um pouco do que foi o passado e o que está disposto a fazer para conseguir o futuro que deseja - neste caso a sua Ana.
Tal como anterior, também o li seguido, vendo com maus olhos as pausas que tive que fazer, e gostei muito como a autora levanta o véu sobre o passado de Grey.
No entanto, a nível de erotismo, as cenas são mais leves e mais espaçadas.


Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS


(Lido em Março de 2013)

E. L. James - As Cinquenta Sombras de Grey


"Anastasia Steele é uma estudante de literatura jovem e inexperiente. Christian Grey é o temido e carismático presidente de uma poderosa corporação internacional. O destino levará Anastasia a entrevistá-lo. No ambiente sofisticado e luxuoso de um arranha-céus, ela descobre-se estranhamente atraída por aquele homem enigmático, cuja beleza corta a respiração. Voltarão a encontrar-se dias mais tarde, por acaso ou talvez não. O implacável homem de negócios revela-se incapaz de resistir ao discreto charme da estudante. Ele quer desesperadamente possuí-la. Mas apenas se ela aceitar os bizarros termos que ele propõe... Anastasia hesita. Todo aquele poder a assusta - os aviões privados, os carros topo de gama, os guarda-costas... Mas teme ainda mais as peculiares inclinações de Grey, as suas exigências, a obsessão pelo controlo… E uma voracidade sexual que parece não conhecer quaisquer limites. Dividida entre os negros segredos que ele esconde e o seu próprio e irreprimível desejo, Anastasia vacila. Estará pronta para ceder? Para entrar finalmente no Quarto Vermelho da Dor? "

Já tinha livro há muito tempo mas simplesmente não me decidia a ler. Apesar de todas as críticas positivas (e algumas negativas) que li e ouvi, simplesmente não me apetecia ler.
As Cinquenta Sombras de Grey, romance erótico de uma autora previamente desconhecida, foi descrito como pornografia para mamãs. Não posso discordar mais. É claro que as descrições dos momentos íntimos entre Miss Steele e Mister Grey são picantes, bem detalhadas e escritas de uma forma que não deixa muito para a  imaginação. Mas li-o (numa noite, não parei de o ler) mais como um romance bem construído, de duas pessoas tão diferentes em tantos aspectos mas que vão percorrendo um caminho para conseguirem chegar a algo que agrade aos dois.  A  inocência de Miss Steele é um ingrediente tremendamente excitante em oposição à experiência de Mister Grey e à sua voracidade e insaciabilidade sexual.

Já agora, diz-se que a Universal Pictures avançou com a data de Julho de 2014 para a estreia nas salas de cinema. Sinceramente, não sei se quero que se intrometam com as imagens que eu criei de Miss Steele e Mister Grey

Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS


(Lido em Março de 2013)

Eloisa James - O Beijo Encantado


"Forçada pela madrasta a ir a um baile, Kate conhece um príncipe… e decide que ele é tudo menos encantado. Segue-se um esgrimir de vontades, mas ambos sabem que a atracão irresistível que sentem um pelo outro não os levará a lado nenhum. Gabriel está prometido a outra mulher - uma princesa que o ajudará a alcançar as suas ambições implacáveis.
Gabriel gosta da noiva, o que é uma surpresa agradável, mas não a ama. Obviamente, deve cortejar a sua futura princesa, e não a beldade espirituosa e pobre que se recusa a mostrar-se embevecida. 
Apesar das madrinhas e dos sapatinhos de cristal, este é um conto de fadas em que o destino conspira para destruir qualquer oportunidade de Kate e Gabriel poderem ser felizes para sempre. 
A menos que um príncipe abdique de tudo o que o torna nobre… 
A menos que o dote de um coração indisciplinado triunfe sobre uma fortuna… 
A menos que um beijo encantado ao bater da meia-noite mude tudo."

Um dos melhores livros que, dentro do seu género, que eu já li. Leve, solto, com um humor irresistível, li-o de uma ponta à outra apenas com as interrupções obrigatórias, sempre com um sorriso nos lábios e até algumas gargalhadas.
Aconselho vivamente.


Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS


(Lido em Março de 2013)

Madeline Hunter - O Sedutor


"Diane Albret é órfã e passou a maior parte da sua vida num colégio interno. Sem mais família, está habituada a receber apenas uma visita: Daniel St. John, o seu irresistível tutor. Ao longo do tempo, ele visitou-a sempre uma vez por ano. Mas o seu mais recente encontro reserva-lhe uma surpresa: Daniel esperava encontrar uma menina e Diane é já uma bela e carismática mulher. Ele aceita retirá-la da clausura do colégio e levá-la consigo para Londres. Porém, ambos têm planos que preferem manter em segredo. 
Diane está decidida a descobrir o que se passou com a sua família, que nunca chegou a conhecer. Só Daniel pode revelar o que ela tanto deseja saber, mas ele tudo fará para que o passado permaneça secreto, pois os seus efeitos representam uma ameaça fatal para a vida de ambos. Por seu lado, Daniel está subtilmente a usar a inocência da sua protegida para uma vingança que planeia há mais de uma década. 
Mas a crescente proximidade entre ambos ameaça dificultar-lhes os planos e, pouco a pouco, eles apercebem-se de que têm mais em comum do que julgavam. Poderá um novo amor triunfar sobre ódios antigos?"

Gostei mas, porventura por ter grandes expectativas com a autora, não está no meu top10.
Há muitas voltas e reviravoltas e isso prende a atenção, mas acaba por nos distrair da história romântica.


Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS


(Lido em Março de 2013)

Julia Quinn - Peripécias do Coração




"A sensata Kate Sheffield está decidida a encontrar para a sua meia-irmã Edwina um marido de reputação impecável. Mal ela sabe que o visconde Anthony Bridgerton já traçou um plano... que inclui a belíssima jovem! E ele não está habituado a ser contrariado... Embora Anthony seja o solteirão mais cobiçado da temporada, a sua reputação de mulherengo perturba Kate. Ela terá de agir rapidamente, pois Edwina vê com muito bons olhos os avanços do visconde. Mas Edwina fez uma promessa que não está disposta a quebrar: nunca casará sem a bênção de Kate. Cabe, pois, a Anthony convencer aquela que (espera) será a sua futura cunhada. Ele é um homem determinado e seguro de si... e não contava encontrar uma adversária à sua altura. Frente a frente, Kate e Anthony apercebem-se de que têm mais em comum do que imaginaram. Mas o que os une ameaça separá-los para sempre."




Este segundo livro da Série Bridgerton não é uma obra prima. Não é, pronto! Mas isso não é impedimento de ser uma leitura de que gostei bastante. A história, tal como o volume precedente, tem personagens inteligentes, determinados,trocam diálogos (e discussões) espirituosos, como um duelo verbal com humor e perspicácia. Longe estão os tempos dos romances cor-de-rosa em que as donzelas eram tímidas, recatadas no seu temperamento e a desejarem serem salvas pelo seu cavaleiro.
O choque de temperamentos e de vontades entre Kate e Anthony, com a ajuda da família dele - em especial de Colin (estou ansiosa pelo livro dele), faz dsete livro um excelnete livro para deixar a mente vaguear por Aubrey Hall e pela sociedade da época.
A famosa e misteriosa Lady Whistledown continua a dar uma ajudinha, com as suas opiniões, claro.
Recomendo vivamente para quem gosta de romances com humor.

Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS


(Lido em Março de 2013)

quarta-feira, 27 de março de 2013

Sophie Gee - O Escândalo da Temporada


"O Escândalo da Temporada conta-nos a história verdadeira da conquista da linda e inteligente Arabella Fermor pelo charmoso e enigmático Robert Petre, sétimo barão de Ingatestone. Arabella precisa urgentemente de um marido, mas sabe que algumas raparigas se arruinaram com casos como o que ela contempla. Para piorar, o objecto do seu desejo também está envolvido numa conspiração Jacobita contra a rainha Ana, sabendo que ser apanhado é ser enforcado. 
Observando o par à distância, mas acabando por se deixar levar na espiral de emoções, está Alexander Pope, um deficiente destinado a ser o génio do seu tempo. Chegando a Londres à procura de fama, procura desesperadamente uma história arrebatadora para o seu próximo poema. E acredita que acaba de a encontrar."



Vale a pena ler apenas porque é baseada em factos reais e conta a origem da famosa sátira de Alexandre Pope, "The Rape of the Lock". No entanto, apesar disso, confesso que tinha expectativas elevadas e o livro não cumpriu.

Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS


(Lido em Março de 2013)



sexta-feira, 22 de março de 2013

Jude Deveraux - Desejos do Coração


"Gemma Ranford quer tanto obter o emprego oferecido para catalogar os documentos de uma das famílias mais antigas de Edilian, a família Frazier, que está disposta a lutar por ele. Fascinada por História e desesperada por terminar a sua tese de dissertação, Gemma acredita que aqueles papéis lhe fornecerão novas informações essenciais para imprimirem novo fôlego à sua investigação. O que ela não espera encontrar são as repetidas referências à Pedra dos Desejos do Coração, um talismã mágico que, reza a lenda, concederá desejos a quem detenha o apelido Frazier. Se algo tão poderoso caísse nas mãos erradas, toda a família poderia ficar em perigo - mas, à semelhança da maioria das pessoas, Gemma considera que não passará de um mito. No entanto, à medida que vai passando mais tempo com a família, apercebe-se de que os desejos mais secretos de todos os Frazier estão, lentamente, a tornar-se realidade - e que ela, entretanto, está a apaixonar-se perdidamente pelo filho mais velho da sua empregadora, Colin. O problema é que Gemma não é a única a ter reparado que os poderes mágicos da pedra despertaram... e há um ladrão internacional à espreita. Trabalhando em conjunto, Gemma e Colin terão de encontrar a pedra antes que esta possa ser usada contra a família, mas não o farão sem que cada um dos seus desejos mais profundos tenha sido descoberto..."

Gostei muito deste livro. Apesar da fantasia da pedra, gosto como todas as personagens das obras anteriores se combinam com a nova residente de Edilean, como a história flui, que me tenha prendido ao livro e afastado o sono. Li-o de uma assentada só...

Com desejos de boas leituras, até ao próximo texto.
AS


(Lido em Março de 2013)

Jude Deveraux - Perfume de Paixão

"Noiva do encantador e sedutor Greg Anders, Sara Shaw mal consegue esperar pelo dia do seu casamento em Edilean, na Virgínia. Mas apenas três semanas antes do dia do casamento, Greg recebe um telefonema durante a noite e sai sem dar qualquer explicação. Dois dias mais tarde, um homem aparece através de um alçapão no soalho da casa de Sara, afirmando que é o irmão da sua melhor amiga e informando-a que se vai mudar para casa dela. Embora Mike Newland esteja realmente a dizer a verdade sobre a sua identidade, a razão que o levou ali tem muito mais que se lhe diga. É um detective que trabalha infiltrado; a sua missão é usar Sara para descobrir o paradeiro de uma mulher — uma das criminosas mais notórias dos Estados Unidos — que, por acaso, é a mãe do homem com quem Sara tenciona casar. Mike acredita que a investigação não será difícil — isto é, caso consiga arranjar maneira de fazer com que uma jovem de «boas famílias» como Sara confie em si. No entanto, Mike não faz a mais pequena ideia do que aquela missão lhe reserva. Esforçouse ao máximo para esconder as suas ligações a Edilean, as quais remontam ao tempo em que a sua avó vivera naquela localidade, em 1941. Mas à medida que Mike e Sara se vão conhecendo, ele não consegue evitar partilhar segredos que nunca tinha partilhado com ninguém. Enquanto trabalham juntos para resolverem os dois mistérios, o amor crescente que desabrocha entre os dois começa a sarar cicatrizes de uma forma que nunca teriam imaginado ser possível."

Perfume de paixão é um romance de leitura fácil, quer pela escrita quer pelo enredo. Apesar de não ser a minha preferida das histórias que se desenrolam em Edilean, gosto da forma como a autora descreve a doçura de Sara, que passa de uma mulher com pouca auto estima a mulher que sabe e luta pelo que quer, e da dureza de Mike, que acaba por se envolver não só com Sara mas com toda a comunidade. A forma como Edilean é descrita dá vontade de ir morar para lá.
É um excelente livro para ler no jardim, acompanhado pelo chá que o livro tanto menciona.

Com desejos de boas leituras, até ao próximo texto.
AS


(Lido em Março de 2013) 


Christian Jacq - Os mistérios de Osirís


"No coração do templo de Abido uma acácia está prestes a morrer... Por isso, todo o Egipto está em perigo. Afinal não se trata de uma árvore qualquer mas de uma que inexplicavelmente brotou do túmulo do deus Osíris a anunciar a sua ressurreição."









Não é de perto o meu conjunto preferido deste autor. Apesar de adorar tudo o que se relacione com o Egipto, "A Árvore da Vida", A "Conspiração do Mal", "O Caminho de Fogo" e "O Grande Segredo" têm demasiado folclore para me poder transportar. E um livro que não me faça sair do meu espaço real para outro espaço geográfico e/ou temporal não me satisfaz totalmente.
Ainda assim, tem alguma dose de interesse ver como os deuses estavam tão embrenhados nas vodas quotidianas.

Com desejos de boas leituras, até ao próximo texto.
AS


(Lido em Dezembro de 2012 / Janeiro de 2013)