A crise atingiu Tomás Noronha. Devido às medidas de austeridade, o historiador é despedido da faculdade e tem de se candidatar ao subsídio de desemprego. À porta do centro de emprego, Tomás é interpelado por um velho amigo do liceu perseguido por desconhecidos.
O fugitivo escondeu um DVD escaldante que compromete os responsáveis pela crise, mas para o encontrar Tomás terá de decifrar um criptograma enigmático.
O Tribunal Penal Internacional instaurou um processo aos autores da crise por crimes contra a humanidade. Para que este processo seja bem-sucedido, e apesar da perseguição implacável montada por um bando de assassinos, é imperativo que Tomás decifre o criptograma e localize o DVD com o mais perigoso segredo do mundo.
Este livro poderia ter como subtítulo "A crise explicada a totós".
Todo ele se passa com o Tomás de Noronha a dar ou a receber explicações de como começou a crise, os antecedentes históricos e as previsões para o futuro. O que para mim, que não percebo nada de economia nacional ou mundial, foi óptimo, mas não era bem o que eu estava à espera, principalmente num dos livros que eu levei para ler na minha pausa laboral, vulgo férias.
A Mão do Diabo, que dá o título ao livro, parece-me um pouco forçada: adoração do Diabo, cultos satânicos, um breve deslumbre de uma noite sádica... ligados apenas porque o líder do culto é quem a todo o custo apoderar-se do DVD que o Dr. Noronha também procura.
ATENÇÃO: pode conter informações que estraguem a leitura
No final, José Rodrigues dos Santos mostra que não é ingénuo, ao apresentar as "provas" do DVD mostra como as grandes negociatas são feitas entre os lideres dos países. Apesar de perceber onde JRG queria chegar (ou penso que percebo) acho que o julgamento e um pouco forçado. Embora esteja lá escrito, preto no branco, que o julgamento era uma fachada para os povos envolvidos se sentirem justiçados, não acredito que na vida real tal venha a acontecer. E num livro tão realista, acho que fica desenquadrado.
Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS
(Lido em Julho de 2013) ***
2 comentários:
Este é um daqueles autores que tenho que ler para poder dizer mal.
E penso que vou mesmo dizer mal quando ler... parece-me um "Dan Brown wannabe".
Se calhar é um "Dan Brown wannabe". Mas mesmo assim lê-se bem. Uns melhores do que outros. E é bom ter um herói português para variar. :)
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