quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Dan Brown - Inferno


«Procura e encontrarás.»

É com o eco destas palavras na cabeça que Robert Langdon, o reputado simbologista de Harvard, acorda numa cama de hospital sem se conseguir lembrar de onde está ou como ali chegou. Também não sabe explicar a origem de certo objeto macabro encontrado escondido entre os seus pertences.

Uma ameaça contra a sua vida irá lançar Langdon e uma jovem médica, Sienna Brooks, numa corrida alucinante pela cidade de Florença. A única coisa que os pode salvar das garras dos desconhecidos que os perseguem é o conhecimento que Langdon tem das passagens ocultas e dos segredos antigos que se escondem por detrás das fachadas históricas.

Tendo como guia apenas alguns versos do Inferno, a obra-prima de Dante, épica e negra, veem-se obrigados a decifrar uma sequência de códigos encerrados em alguns dos artefactos mais célebres da Renascença - esculturas, quadros, edifícios -, de modo a poderem encontrar a solução de um enigma que pode, ou não, ajudá-los a salvar o mundo de uma ameaça terrível…



Na sinopse de "Inferno" avisa que "Inferno é o romance mais emocionante e provocador que Dan Brown já escreveu, uma corrida contra o tempo de cortar a respiração, que vai prender o leitor desde a primeira página e não o largará até que feche o livro no final" e desta vez é verdade.
Obviamente tive que o largar - mas só porque era obrigada. A escrita é envolvente e dei por mim a querer pesquisar sobre as várias obras e sítios mencionados no livro, o que fiz logo que me foi possível.  A escrita é envolvente, a ação muito bem narrada e deu-me a nítida sensação que estava numa sala de cinema a ver a trama a desenrolar-se.
A sobrepopulação mundial, a peste negra e as regras pelas quais se gere a Organização Mundial de Saúde no que toca ao combate às doenças estão bem entrosadas na história.

Não estou a dizer que a obra de Dan Brown seja genial. Às vezes parece que Robert Langdon é a versão humana da Wikipédia, faz publicidade a marcas a torto e a direito (Google, iphone, netjet....) e a sobrepopulação mundial é algo que me faz alguma confusão: então não andamos todos preocupados com a decrescente taxa de natalidade?

Mas que é um livro de se lê com prazer, que é um bom entretenimento, isso não posso negar. E por esse motivo, dou-lhe classificação máxima.


Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS

(Lido em Agosto de 2013) *****

3 comentários:

McBrain disse...

Dou-te toda a razão.

Dan Brown tem alguma fórmula que faz com que fiquemos agarrados permanentemente ao livro. Aconteceu-me com o Código de Da Vinci.

Porém, o que é um grande livro quando passado um mês não nos lembramos dele?

É que passado um mês... se me perguntasses uma passagem do livro, ia ser difícil recordar-me.

Fica a pergunta no ar...

AS disse...

Concordo contigo. Mas já livros muito maus de que não me consigo esquecer...

McBrain disse...

Lá está... é porque são tão maus que não te esqueceste.

Esse é um dos motivos pelo qual não vejo séries como o Sienfeld; se tem piada? Sim! Se são piadas que no dia a seguir contamos aos nossos amigos? Passado 5 minutos já não me lembro da dita!