quarta-feira, 12 de junho de 2013

Daniel Glattauer - Emmi e Leo - A sétima onda

"«Pensas que não te vejo, que não te sinto. Engano. Puro engano. Quando te escrevo, seguro-te bem junto a mim.»

Emmi e Leo são os protagonistas de um amor virtual apaixonante, que passou por todo o tipo de emoções, menos a de um encontro físico. A relação, iniciada no irresistível Quando sopra o vento norte, parece ter chegado a um impasse. Leo decide partir para os EUA, renunciando a um amor impossível.
Quando regressa, longos meses depois, o encontro entre ambos concretiza-se. Mas Emmi continua casada e Leo tem em Pamela o amor estável com que sempre sonhara. 
Só que, na verdade, os dois amantes nunca estiveram mais apaixonados. Conseguirão eles, por fim, vencer o destino que parece teimar em separá-los?"

Foi uma leitura agradável, apesar de não ter a originalidade e a frescura do seu antecessor, e de ás vezes sentir que as situações andavam continuamente às voltas sem sair do sítio. Mas as relações às vezes são mesmo assim, e no case de Emmi e Leo, todas as circunstâncias, dúvidas e sentimentos contribuem para que o desenvolvimento não seja linear.
Quem gostou do primeiro vai gostar deste também.

Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS

(Lido em Junho de 2013) ***

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Bella Andre - Sedução

"Charles Gibson é um escritor de êxito, mas devido aos temas que escreve afasta as mulheres e sujeita-se a blind dates que os amigos lhe propõem. Candance Whitman, recém-chegada à literatura erótica, tem encontrado diversos obstáculos pelo caminho. Cansada de ser criticada, decide ir a uma conferência de escritores com o objectivo de aprender, onde acaba por conhecer o seu ídolo: Charles Gibson, o autor best-seller de romances eróticos. Charles propõe-lhe cinco lições para lhe ensinar as noções básicas do erotismo, criação de cenas, ou seja, conselhos muito válidos para obter bons resultados. Mas o que nenhum dos dois esperava era que as lições teóricas passassem à prática. Infelizmente, a desilusão de Candace em relação ao novo romance que está a escrever - no qual Charlie desempenha o papel principal - ameaça-lhes a possibilidade de desfrutar de um amor verdadeiro. Conseguirá ela separar a fantasia da realidade?"

Numa palavra: "Não!".
O livro acaba por só ter duas personagens, embora haja uma história dentro da história com mais duas, que são o reflexo do que se passa entre Candace e Charles.
A trama é demasiado linear, utilizando sempre uma linguagem crua, embora contextualizada, e as cenas de sexo, embora até estejam bem (d)escritas, não me atraíram.  Questiono se o problema já terá vindo do original, uma vez que a escritora já tem alguma reputação no campo da literatura erótica / sensual, ou se a tradução tem algo a ver com isto.
De positivo tem o facto de ser um livro pequeno e de fácil leitura.

Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS

(Lido em Junho de 2013) **

Isabel Allende - A Ilha debaixo do mar

"Zarité foi vendida aos 9 anos a um rico fazendeiro de Saint-Domingue. No entanto, não conheceu o esgotamento das plantações de cana nem a asfixia e o sofrimento dos moinhos, porque foi sempre uma escrava doméstica. A sua bondade natural, força de espírito e noção de honra permitiram-lhe partilhar os segredos e a espiritualidade que ajudavam os seus, os escravos, a sobreviver, e conhecer as misérias dos amos, os brancos. Isabel Allende dá voz a uma mulher lutadora que singrará na vida, apesar das partidas do destino. Zarité é uma heroína que, contra todas as adversidades, conseguirá abrir caminho para alcançar a liberdade."


Adorei o livro, apesar de todas as vezes que me arrepiei pela forma que os seres humanos eram tratados só porque a pele não era branca, fossem eles negros, mulatos ou indígenas.
A acção passa-se maioritariamente em Saint-Domingue (o actual Haiti) e em Nova Orleães nos finais do século XVIII e conta-nos a vida, às vezes na primeira pessoa, da escrava Zarité, conhecida como Teté.
Tal como em livros anteriores, também neste se aprende muito sobre a história do Novo Continente.

Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS

(Lido em Junho de 2013)