sexta-feira, 25 de abril de 2014

Veronica Roth - Convergente

"Uma escolha pode transformar-te
 Uma escolha pode destruir-te
 A tua escolha vai definir-te

A sociedade de fações em que Tris Prior acreditava está destruída - dilacerada por atos de violência e lutas de poder, e marcada para sempre pela perda e pela traição. Assim, quando lhe é oferecida a oportunidade de explorar o mundo para além dos limites que conhece, Tris aceita o desafio. Talvez ela e Tobias possam encontrar, do outro lado da barreira, uma vida mais simples, livre de mentiras complicadas, lealdades confusas e memórias dolorosas.
Mas a nova realidade de Tris é ainda mais assustadora do que a que deixou para trás. As descobertas recentes revelam-se vazias de sentido, e a angústia que geram altera as vontades daqueles que mais ama.
Uma vez mais, Tris tem de lutar para compreender as complexidades da natureza humana ao mesmo tempo que enfrenta escolhas impossíveis de coragem, lealdade, sacrifício e amor.
Alternando as perspetivas de Tris e Quatro, Convergente, encerra de forma poderosa a série que cativou milhões de leitores em todo o mundo, revelando por fim os segredos do universo Divergente."


Atenção: pode conter revelações do enredo.

Neste livro, há dois narradores, alternando entre a perspectiva de Tris e de Tobias. O livro explica como tudo começou, quem era na realidade a mãe de Tris, e explica muita coisa que foi acontecendo nos livros anteriores, sem no entanto perder o fio condutor e a ação. A história surpreende várias vezes pelo rumo tomado, quer pelas explicações quer pela relação entre Tris e Tobias. Cada personagem mostra várias facetas e nem sempre gostamos dos melhores nem sempre detestamos os piores. Acima de tudo, Roth mostra-nos as várias facetas que as personagens têm.
Custou perceber que chegou mesmo ao fim esta trilogia que me envolveu tanto e que, apesar de não gostar, tem o fim mais correto e talvez o menos fácil. Já no livro anterior me tinha apercebido que não era boa ideia gostarmos dos personagens, e este livro continua nessa filosofia. E não é um livro de felizes para sempre.
No site, a autora  avisou que não foi maldade e disse: “Eu já tinha dito antes que esse fim sempre foi parte do plano, mas algo que quero deixar claro é que não escolhi isso para chocar, nem perturbar ninguém, ou porque sou cruel com meus personagens,”.

Roth descreve que vê a trama central do livro como a busca de Tris para perceber onde realmente pertence  -  uma facção especifica, uma sociedade sem facção, ou simplesmente com as pessoas que ama. “É como quando a mãe de Tris deu sua vida que Tris percebe que essas identidades encaixam-se entre si, combinando abnegação e coragem e amor por sua família e por sua facção, tudo se une nisso: divergente. É um momento de triunfo seguido por devastação, quando Natalie morre para que Tris escape.”
Em Convergente, a autora continua, “ela ainda está a lutar pelas suas crenças sobre a abnegação — mas dessa vez ela se pergunta se Caleb ofereceu-se como voluntário para ir a missão com final mortal por amor ou culpa. Ela lutou pelo quão ético é deixar Caleb fazer isso pelo resto do livro.”
Quanto Tris morre no laboratório de armas é porque a sua jornada está completa e ela está fazendo um sacrifício pelas razões certas  – diferente de Caleb, ou a como ela era antigamente em Insurgente. No final, numa conversa com David onde ela lhe disse suas crenças sobre sacrifício,  que é algo que deve surgir do amor, força e necessidade. Essa foi a Tris que sabia o que realmente é abnegação. Que sabia quem ela era. Que sabia o que devia ser feito.”
Roth finaliza escrevendo, “vou sentir falta dela, da voz de Tris em minha cabeça. Mas eu estou tão, tão orgulhosa de sua força.”

Com desejos de boas leituras, até ao próximo livro.
AS

(Lido em Abril de 2014)

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